Com muitos descendentes em Israelândia, Iporá e várias cidades, morre a senhora Josefina Barreto, a Zona Zu, pioneira na região, pessoa muito querida pela comunidade.
Sua morte ocorreu no final da tarde dessa quarta-feira, 18, em Goiânia, onde estava internada no Hospital do Coração. Sua morte foi por causas naturais. Será velada nesta quinta-feira, no Salão da Igreja Assembleia de Deus, em Israelândia. Não está decidido o horário do sepultamento.
Dona Zu deixa filhos, netos, bisnetas e tataranetas, sendo que muitos destes descendentes ocupam importantes espaços profissionais, seja em Israelândia, Iporá ou outras cidades. Segue a história da família de Dona Zu, a senhora Josefina Barreto:
João Gomes da Silva foi um pioneiro nesta região, com descendentes em Israelândia, Iporá e outras cidades. Sua família se misturou muito com a dos Barretos, também vinda da Bahia. João Gomes da Silva, com a esposa Miquelina Maria de Queiroz, deixou Santana dos Brejos (BA) no início da década de 40. Queria ser barbeiro em um local onde pudesse ganhar mais dinheiro. Vindo da Bahia, passou direto pelo Monchão do Vaz, na década de 40, e foi tentar a sorte em um local que também começava a ser povoado: Barra do Garças. Mas ele ficou pouco tempo lá. Decidiu que seria melhor o Monchão do Vaz, pois tinha na beira do Rio Claro milhares de garimpeiros. Na região, o salão dele prosperou em clientela e condições para criar a família. Ele tinha trazido quatro filhas adolescentes da Bahia: Elvira (a mais velha), Zenaide e Marinalva, além da Josefina (Zu). Elvira, com 14 anos, ao passar por Monchão do Vaz, quando a família seguia para Barra do Garças, ficou na localidade pois foi pedida em casamento por Joaquim. Marianalva se casou mais tarde com Itamar. Quanto a Josefina, a Dona Zu, ao se casar com o José Barreto (que também era do garimpo e do comércio), gerou uma grande prole para compor a sociedade local, inclusive, com as mulheres da família todas propensas para atuar na educação. A história da família de José Barreto está contada em detalhes em outro trecho deste livro. Relatamos sobre José Barreto que foi o primeiro da família a vir. José Barreto foi comerciante em Israelândia. Ele se casou com a Josefina Gomes Barreto (Dona Zu), que tinha chegado também da Bahia. A história da família de Dona Zu também rendeu descendentes importantes para compor a sociedade local. O pai de Dona Zu foi barbeiro a vida inteira, mesmo morando entre garimpeiros, nunca foi em busca de pedras preciosas. Josefina, a Dona Zu, e José Barreto foram respeitáveis pioneiros da cidade. Iracema, a filha mais velha, era uma dessas professoras da família e se casou com o Ademar Cardoso, ex-prefeito de Israelândia em dois mandatos e liderança da Igreja Assembleia de Deus. A história do Ademar Cardoso está contada em outro trecho deste livro. Zélia, de atuação na área da educação, se casou com Neiva Pinheiro Cotrin, de atuação na área de coordenação pedagógica. A professora Célia, filha de José/Zu, se casou com Edilson, operador de máquinas. O filho Josélio foi bancário e morreu com pouca idade. Vânia, outra professora, se casou com Edivaldo, produtor rural. José Barreto e Pedro são filhos solteiros. O Pedro se destacou na área administrativa do ensino público estadual, onde chegou a cargo importante. (extraído do livro A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE IPORAENSE, com fotos da família na página 73)
