Aos 88 anos, morre alguém que foi importante na história recente de Iporá e benquisto na sociedade local. Em São Luís de Montes Belos, no Hospital Vital, faleceu nas primeiras horas deste sábado, 25, Abadio Martins Arruda que, em Iporá, foi o presidente do Sindicato Rural que adquiriu a atual área do parque agropecuário.
Abadio Martins Arruda foi também vereador em Iporá no mandato 1977/1982. Era produtor rural e atuante na sociedade quando chamado para as mais diferentes lutas.
O ex-vereador, que era viúvo de Maria, filha de João Januário e Maria Conceição, sofreu uma Covid-19 da qual se recuperou, mas que deixou complicações. Ele estava com fibrose no pulmão e que desencadeou em pneumonia. Ele deixa duas filhas: Marcilene e Janete.
Seu corpo foi velado no recinto da Câmara Municipal de Iporá. O sepultamento foi neste domingo, às 10 horas.
A família de Abadio Martins Arruda é tradicional na sociedade iporaense. Uma pouco da História da família:
Josias Vitorino Bastos, com a sua terceira esposa, a Maria Menezes, por volta do ano de 1938, veio para a região de Iporá, deixando o sul de Goiás (Catalão). Josias era homem de enfrentar a vida no campo e veio, incentivado por Rafael Leão, de quem comprou 101 alqueires de terra, nas margens do córrego Baliza, na região que era também chamada de Baliza. A vinda foi uma saga em carro de boi, em viagem lenta e difícil. Com ele, vieram duas filhas, uma que tivera no primeiro casamento e outra do segundo. Uma das filhas, casada. A outra, solteira. Maria Rosa de Jesus (Dona Rola) veio casada com Inácio Martins Arruda, também do sul do Estado. Quem veio solteira foi a Orlinda Rosa de Jesus, que aqui casou com o Valdomiro. Senhor Josias dedicou à lida com a terra, mais ao plantio do que a criação de gado, porque precisava derrubar mato, fazer lavoura e só depois ter pastagem. Trabalhou muito e acabou falecendo com apenas 51 anos de idade. A vida teve continuidade através da nova geração (filhas e genros). Da união de Dona Rola com Inácio Martins de Arruda, nasceu o Abadio Martins Arruda, que foi vereador em Iporá e presidente do Sindicato Rural. Ainda menino, já trabalhava. Aos 16 anos, apresentado ao senhor Belmiro Silva, pelo João Coriolano, foi trabalhar na Casa Silva, que era a grande empresa da cidade. A pedido do patrão, na década de 50, fazia viagens de caminhão para Uberlândia, onde levava cereais e trazia materiais de construção para a Casa Silva. Abadio se casou com Maria, filha de João Januário e Maria da Conceição. Tiveram as filhas Janete e Marcilene. Janete casou com Antônio de Souza e tiveram os filhos Antônio Victor e Maria Eduarda. Marcilene se casou com João de Carvalho e tiveram a filha Natália. O mais velho, João Victor, se casou com Isadora e eles deram ao Abadio uma neta, ao Inácio uma bisneta e ao Josias uma Tataraneta. Ela é Ísis. Abadio foi vereador em Iporá entre 1977 e 1982. Antes disso, presidiu o Sindicato Rural. Atuou na sociedade de várias formas. Algumas delas foram em ajuda para a instalação de antena repetidora de televisão para Iporá e na criação do Clube Recreativo de Iporá (CRI). Além de Abadio, outra filha de Inácio Martins de Arruda e Dona Rola foi a Luzia, que teve os filhos Maria Márcia de Jesus Mussalan (executiva em empresa), que se casou com Valtenes Ferreira e tiveram os filhos Wilney e Norton, ambos de sobrenome Mussalan Ferreira, e o outro filho de Luzia foi Josias Marciley de Queiroz (representante comercial) e que se casou com Maria Divina Carvalho e teve os filhos Mariana, Luciana, Josias e ainda a Iasmine, fora do casamento. João Arruda, trabalhador rural, foi outro filho do casal, cujos descendentes mudaram para Goiânia. E a Maria Rosa de Jesus (Dona Rola) teve a irmã Orlinda. Esta, ao se casar com o Valdomiro, teve os filhos Santinho, Luzia, Alice, Guin e Joãozinho. Todos estes mudaram da cidade, indo para Rio Maria (Pará). Mas são vários os descendentes de Josias Vitorino Bastos que estão por aí, somando para a formação da sociedade iporaense.