O juiz José Cássio de Sousa Freitas, da 64ª Zona Eleitoral, julgou procedentes duas ações de investigação judicial eleitoral propostas pelo Ministério Público e cassou os registros de candidatura do prefeito reeleito de Nazário, Fábio Gabriel de Amorim, e de seu vice, Braz José Rodrigues. Nos dois processos, o magistrado considerou terem ficado comprovadas nos autos as acusações de captação ilícita de sufrágio (compra de voto) e de abuso de poder político e econômico. A sentença também declarou a inelegibilidade de Fábio e de Braz por oito anos, a contar de 2012. Com a decisão, o prefeito reeleito não foi diplomado na solenidade realizada na manhã de ontem (19/12), em Nazário.
Além do prefeito e seu vice, a declaração de inelegibilidade por oito anos alcançou ainda a primeira-dama de Nazário, Sônia Costa de Amorim, mulher de Fábio, e Eudétio Batista de Oliveira, que teria intermediado uma das negociações de apoio político. As ações de investigação judicial eleitoral foram propostas pela promotora de Justiça Laura Diva de Macedo e Louredo Teles Tolentino, que está respondendo por Nazário.
Em um dos processos, a acusação contra o prefeito, seu vice e a primeira-dama é de ter tentado cooptar o apoio do vereador Jairo Pereira de Oliveira em troca de vantagens financeiras. Conforme os autos, Jairo é adversário político de Fábio e acabou gravando a conversa que teve com o então candidato, na qual foram feitas as promessas de pagamento e até de doação de um imóvel. A ação eleitoral também foi instruída com cheques que teriam sido emitidos pela primeira-dama e repassados ao vereador como “pagamento” pelo seu apoio. Os documentos foram entregues ao MP por Jairo.
A outra ação apontou também a tentativa de aliciamento do apoio político da presidente do PPS de Nazário, Marisleila Gonçalves de Oliveira, e do vice-presidente do partido, Adair Antônio de Souza. A negociação também teria envolvido promessa de vantagens financeiras e a doação de imóvel. (Texto: Ana Cristina Arruda/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)