Dhego Ramon dos Santos, professor e policial, tem olhos com cuidado ambiental para tudo que vê. Ele é biólogo e da Policial Ambiental. A nosso convite, manifesta sobre o Lago Pôr-do-Sol neste mês em que este espaço público completa 25 anos. Para ele, quando construído, o Lago trouxe impacto ambiental. Mas hoje é uma realidade e na condição de espaço de lazer e ponto turístico merece o zelo de todos.
Palavras de Dhego Ramon
O Lago Pôr do Sol consiste em um reservatório artificial do Córrego Tamanduá. Historicamente foi construído em uma área de brejo e vegetação nativa de vereda, causando um impacto significativo, alagando importantes áreas vegetais e o desaparecimento do habitat dos animais e mudança na beleza cênica da paisagem natural que ali existia, que nos dias de hoje, poderia ser um parque ambiental.
Atualmente observamos que nos arredores do lago, áreas de brejos e nas suas margens, há vegetação constituída por espécies nativas do Cerrado, boa parte através de projetos de reflorestamento. Essa paisagem gera um papel importantíssimo nos dias atuais como: absorção da radiação solar, proporciona sombra; reduzem ou aumentam a velocidade dos ventos e aumentam a umidade atmosférica que refresca o ar da cidade, amenizam a poluição atmosférica e acústica e protegem o solo e a fauna. Ecologicamente, ambientes lênticos são importantes para muitas espécies de aves, peixes, répteis e anfíbios por oferecerem alimento e sítios de reprodução, principalmente para espécies aquáticas.
Por fim, O Lago Pôr do Sol, apesar do impacto ambiental causado em sua construção anos atrás, hoje esse ambiente artificial se tornou ponto turístico e de lazer, onde observamos a manifestação e expressão de diferentes costumes do povo, pessoalmente considerou-o como patrimônio cultural da cidade, visto que o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo Íporaense, cabendo a todos, poder público e a coletividade, o dever de cuidar, preservar e mantê-lo para ao bem das futuras gerações.