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Origen da Assembleia de Deus, Jacuba e milagre de cessar fogo no paiol

Certa noite, o casal Francisco Alves da Silva e Constância Maria da Silva, pais da professora Milca,  acordaram com fogo no paiol. Bastou a fé. O fogo cessou. Era na Fazenda jacuba, em primórdios tempos da Igreja Assembleia de Deus na região. Veja o relato do professor Moizeis Alexandre Gomis, no livro QUANDO SAMAMBAIA PEGOU FOGO:

CAPÍTULO 18

O SENHOR JESUS APAGA INCÊNDIO NO PAOIL

Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei. (Evangelho Segundo João 14.12-14).

Quem vai de Iporá para a cidade de Amorinópolis, logo que passa pelo distrito de Goiaporá vê, à direita, um imenso vale de relevo ondulado, com pequenos morros e espigões suaves, coberto de pastagens verdejantes e salpicadas por árvores esparsas, palmeiras guerobas e bacuris e ainda mesclado com algumas manchas verdes de reservas permanentes de matas e cerrados. Vale que termina ao oeste no espigão que se descamba para as bandas do rio Caiapó, e delimitado ao sul pelas encostas do majestoso Morro Alto, recoberto de matas, que ainda nos tempos do Brasil colonial, fora batizado de Serra da Bela Vista, conforme consta no Mappa das Terras Diamantinas da Cappitania dos Goyazes, de 1750.

Cortando essa paisagem deslumbrante, corre o sinuoso Ribeirão Jacuba, que também empresta seu nome a região. Zona de terras férteis, de chão vermelho massapé, outrora coberto de densas matas e cerradões que atraíram para ali dezenas de famílias de agricultores nas décadas de 1940 e 1950, em busca dos sonhos de abrir roças para plantar cereais, cafezais, enfim, fazer fartura e formar pastagens. Com suado e penoso trabalho formaram chácaras, sítios e belas fazendas, depois que o coronel Joaquim Pais de Toledo (Quinca Paes) perdeu o domínio sobre as terras da região, destronado pela Revolução de 30, que alijou do poder as oligarquias aristocráticas da República Velha.

Tempos distantes aqueles, quando Itajubá e depois Iporá, era recém fundado, após a transferência do antigo Distrito de Rio Claro (Comércio Velho), para as margens do Córrego Tamanduá, a meio caminho da centenária estrada real que ligava a antiga capital Vila Boa a Torres do Rio Bonito (atual Caiapônia), e Amorinópolis não passava do pequeno Campo Limpo, povoado nascido também à beira da centenária estrada Real, aberta no início do século XIX, no tempo ainda de D. Pedro II, precária via de tropeiros e de carros-de-boi, única ligação da velha cidade de Paraúna com o Distrito do Registro do Araguaia, próximo à confluência do Rio Caiapó com o Araguaia.

Nesse cenário bucólico e pitoresco de fazendas aprazíveis, viviam muitas famílias de crentes pentecostais que congregavam em duas congregações da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do campo de Iporá, existentes até hoje, nas margens do córrego Jacubinha e do ribeirão Jacuba. Próximo a esta congregação morava um casal de irmãos, Francisco Alves da Silva e Constância Maria da Silva, que serviam com fidelidade o Senhor Jesus e aguardavam ardorosamente sua vinda gloriosa para arrebatar a Igreja. Deus os havia abençoado naquele ano com uma abundante colheita de café, milho e feijão, fruto do árduo e suado labor, lavrando a terra. O paiol estava abarrotado de espigas de milho e suas varandas repletas de sacas de café e feijão, esperando o momento da venda.

Certa noite, o irmão Francisco e a irmã Constância, depois de terem voltado, com os filhos e filhas, de um culto alegre e abençoado na Assembleia de Deus da Jacuba, mais precisamente na margem direita do Córrego Atolador, não muito distante de sua propriedade, logo pegaram no sono. Tarde da noite, porém, despertou-se assustado com um barulho estranho e um clarão que podia ser percebido do quarto onde dormia, através das frestas do telhado. Acordou sua esposa com uma cutucada de cotovelo dizendo: “Constância, Jesus está voltando! Escuta o barulho!” Ela, ainda sonolenta e sem entender bem o que estava acontecendo, levantou a cabeça do travesseiro, prestou atenção por algum instante, e exclamou alarmada: “Jesus não está voltando não, Francisco, é o paiol que está pegando fogo!” E levantando-se às pressas, correram para o local do incêndio que ardia crepitante no milho seco, abrindo um clarão na escuridão daquela noite de tempo frio e seco, pois as chuvas não ocorriam naquela época do ano, só alguns meses mais tarde.

Sem condição, humanamente, de apagar o fogaréu insaciável que ia crescendo, tomada pela ânsia do desespero a irmã Constância dobrou os joelhos ali mesmo no chão poeirento e, levantando as mãos para o céu, orou: “Senhor Jesus, em teu nome eu ordeno que esse fogo apague agora!” Mal acabara de orar, instantaneamente, uma chuva torrencial começou a cair atingindo o fogo pela frente aberta do paiol, como se um bombeiro estivesse esguichando água com uma mangueira. Depois de alguns minutos, o incêndio havia sido totalmente debelado e já não havia mais fogo e nem fumaça no paiol! Estavam salvos o estoque de milho e as sacas de café e feijão, tendo o fogo causado dano apenas à parte superficial do milho estocado no paiol.

Maravilhados e gratos ao Senhor pelo seu livramento e “socorro bem presente na angústia”, foram dormir, inclusive o irmão Naim, vizinho próximo que viera prestar socorro e presenciara o milagre. No outro dia, para a alegria dos irmãos e espanto dos incrédulos, testificaram sobre o milagre acontecido na noite anterior, onde os curiosos puderam maravilhados conferir o paiol salvo do incêndio e o chão apenas ao seu redor ainda ensopado da chuva miraculosa! As as reações dos espectadores eram de temor e glorificação a Deus pelo que ele havia feito.

O irmão Francisco e a irmã Constância já foram morar com o Senhor, mas seus filhos e filhas ainda confirmam esse testemunho, inclusive a irmã Milca, membro da Assembleia de Deus de Iporá, que congrega na congregação do Setor Cândido Vieira e é professora da Escola Estadual Evangélica Betel.

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