Nilton Pereira, leiloeiro na região, em nome de outros do segmento, procurou a reportagem do Oeste Goiano para falar de prejuízos que o segmento está tendo com a greve de funcionários da Agroedefesa, órgão que fiscaliza e emite documentos para a área animal e vegetal.
Ter que se deslocar dezenas de quilômetros para conseguir uma Guia de Transporte Animal (GTA) é uma das dificuldades que advieram com a deflagração da greve de funcionários da Agrodefesa. Servidores do órgão em Iporá estão de greve. Em razão disso os produtores que participam de leilões de gado e que, com isso, precisam da emissão de GTA, precisam se dirigir a outra cidade, onde hajam servidores atuando, para conseguir o documento necessário para que um animal se desloque ao local de leilão.
Conta Nilton Pereira que para se conseguir o documento os produtores de Iporá estão tendo que ir até sedes da Agrodefesa em Palestina de Goiás ou Jaupaci. Para Nilton Pereira essa greve está trazendo um prejuízo para a economia regional uma vez que o segmento de leilões rurais movimenta muito os negócios neste lado do estado. Outro que reclama é o veterinário Abelardo Júnior, que responde pela empresa GJ Leilões. Ele diz que a greve está causando um grande transtorno para um segmento que gera muitos empregos no Oeste Goiano.
Os fiscais agropecuários dos escritórios da Agrodefesa estão em greve. Na região apenas alguns desses escritórios estão abertos, obedecendo a determinação de manter em funcionamento 30% dos serviços essenciais.
A situação prejudica quem necessita de emissão de documentos como GTA (Guia de Transporte de Animais), ATV (Autorização de Transporte Vegetal) e PTV (Permissão de Transporte Vegetal).
O Sindicato dos Fiscais Agropecuários Estaduais de Goiás informou que os grevistas reivindicam o estabelecimento de um piso salarial equivalentes a oito salários e meio.
Promotores de leilões também reclamam de outras exigências que dificultam o funcionamento dos recintos
Uma portaria recente da Agrodefesa fez severas exigências aos recintos de leilões. Estas dizem respeito a adaptações nos locais onde se realizam este tipo de comercialização de gado. Como as exigências surgiram repentinamente e surpreendeu os empresários do ramo, estes estão reclamando da forma radical com que a exigência foi feita.
Nesta semana em Iporá os leilões nem iriam funcionar por causa da falta de adaptações dos locais de comercialização. Enfim, conseguiram uma liberação provisória. Segunda-feira passada houve a realização do Leilão dos Amigos. Para esta quinta-feira está confirmado o leilão de GJ. No entanto. Para a próxima semana os empresários do ramo não estão certos de que terão autorização para funcionamento. As exigências dizem respeito a muitas mudanças na estrutura física dos recintos.