Aquele que escreveu o livro “Amorinópolis na Metade do Século Passado” será homenageado neste sábado próximo, 12, às 9 da noite, no Salão Paroquial da cidade. Será entregue pelos vereadores Título de Cidadania ao geólogo e que, nas suas horas vagas, escreveu um belo livro sobre a cidade onde viveu tantos anos, da qual guardou muitas lembranças e da qual tem muita saudades… A iniciativa é do presidente da Câmara, vereador Cleito Costa (PP), autor de projeto de lei neste sentido. É que embora se considere um amorinopolino, Paulo Afonso nasceu em Bom Jardim de Goiás. Com a lei aprovada, será considerado um amorinopolino de direito.
Na mesma sessão serão homenageados ainda Eduardo Talvani de Lima Couto, um advogado que hoje é prefeito de Palestina de Goiás e que já prestou muitos serviços para Amorinópolis. Cacildo Campos, rioverdense de nascimento e vereador em Amorinópolis por vários mandatos consecutivos, também serão homenageados. Estes dois últimos recebem Título de Cidadania em razão de projeto de lei do vereador Dedé Fernandes (PSD).
Para o geólogo Paulo Afonso Ribeiro Barbosa o vereador Dedé Fernandes quis que houvesse também uma homenagem no Colégio Estadual Professora Analícia Cecília, escola onde estudou. Mas conta o vereador que, ao encaminhar sua sugestão de evento de homenagem para a diretora da escola, Tereza Maria Xavier (Terezinha), esta não concordou, opinando que o que iria acontecer na cidade para o autor da obra já estava de bom nível. A homenagem no Colégio seria no dia anterior, em horário de aula, no saguão, para a presença de todos os alunos. Dedé Fernandes, que também é professor no Colégio Analícia Cecília, diz que lamenta a recusa da diretora em fazer a homenagem para o autor, pois seria uma grande oportunidade de reviver a História de Amorinópolis e de valorizar quem gosta da cidade, orgulha esta terra com sua carreira profissional e valorizou a cultura local com uma bela obra de resgate das memórias do povo amorinopolino.
Sobre o autor e o livro
O coração de Paulo Afonso Ribeiro Barbosa, um geólogo, homem culto e de tocante comunicação, bate forte por Amorinópolis, a cidade onde chegou com 3 anos de idade e onde viveu cerca de duas décadas. Mesmo residindo em Goiânia e andando pelo país no exercício da sua geologia, trabalhando para grandes empresas, Paulo Afonso não esqueceu Amorinópolis. Pelo contrário, afirma várias vezes no livro que morre de saudades…
Sua relação com Amorinópolis não é totalmente rompida. Ele tem propriedade rural no município, onde para lá se dirige nestes finais de semana prolongados. Paulo Afonso é desses que vive com o passado presente, com emoções que acumulou ao longo do tempo… Seus quase 20 anos vividos em Amorinópolis viraram um livro de doce nostalgia. O autor relembra tudo da cidade em seu início do povoamento, numa Amorinópolis ainda bem pequena.
O livro que acaba de vir a público, edição independente, é um desfile de imagens e reflexões. Embora sem nenhuma fotografia, a comunicação fácil do autor em 261 páginas nos faz ver o passado, sentir as pessoas de uma época e reviver costumes que o avanço tecnológico sepultou. Trata-se da Amorinópolis sem energia elétrica, sua gente religiosa, as travessuras da meninada e um relato sobre cada um que viveu aquele tempo, na metade do século passado. A memória do autor é prodigiosa. Ele lembra de tudo.
O livro “Amorinópolis na Metade do Século Passado” não se prende a política ou a uma narração cronológica de fatos. O autor fala é da vida! São lembranças e sentimentos! Os mais diversos perfis são destacados. É possível que ele tenha lembrado de 99% dos viveram naquela época, discorrendo com saudade as mais diversas situações. Mas o que faz o livro ser de um interesse mais do que local, é sua detalhada descrição sobre costumes de um tempo. Por essa razão a obra de Paulo Afonso Ribeiro Barbosa tem valor nacional. Mostra como viviam as pessoas em um certo tempo no interior do Brasil.
