Para a greve de professores municipais terminar na semana passada contou nesse sentido o trabalho de mediadores, que foram pessoas da comunidade escolhidas para buscar o diálogo entre as partes.
Reunião entre grevistas e governantes e entre eles os mediadores Padre José Roberto (pároco), Marilda Lima (Diretora da UEG Iporá) e Valdeci Marques (Diretor do Jornal Oeste Goiano)
Para a greve de professores municipais terminar na semana passada contou nesse sentido o trabalho de mediadores, que foram pessoas da comunidade escolhidas para buscar o diálogo entre as partes.
O professor Paulo Alves, presidente da Regional do Sintego, afirmou para esta reportagem que foi importante esse trabalho de mediação feito desprendidamente por interlocutores. Lembra ele que, no instante em que a greve tinha tido início e que o Executivo recusara atender as reivindicações e que até mesmo o diálogo estava difícil, foi feliz a ideia de se criar uma comissão de mediação.
Partiu do comando de greve a iniciativa de escolha de membros da comunidade, pessoas com fácil diálogo entre as duas partes, para promover uma conversa, onde se buscasse um entendimento que não fosse aquilo tudo que os professores queriam, mas que contemplasse parte das reivindicações.
Foram convidados para mediadores Padre José Roberto (pároco), Marilda Lima (Diretora da UEG Iporá) e Valdeci Marques (Diretor do Jornal Oeste Goiano). Na noite do dia 5 de novembro, na casa paroquial, os mediadores chamaram o prefeito José Antônio para uma conversa. A partir de então reiniciou um diálogo que acabou resultando em entendimento, no qual prevaleceu a doação de um pouco de cada parte. Ao prefeito os mediadores perguntaram sobre o que poderia ser feito para haver entendimento, já que uma greve é ruim para ambas as partes e, principalmente, para a comunidade.
O prefeito falou, na reunião com mediadores, das possibilidades. E o êxito foi possível porque também encontrou uma categoria de professores disposta a não obter todas as vantagens pleiteadas de uma vez só. Na avaliação de Paulo Alves, o papel dos mediadores foi importante e recomenda que esta prática pode ser válida também para outras situações de impasse entre partes. “O papel dos vereadores, de cobrança e vigilância, também contou a favor do entendimento”, destaca Paulo Alves.
