Em Iporá, o Padre Pablo Henrique tem opiniões críticas sobre a forma como lidaram com a pandemia. Ele, que é pároco da Paróquia Paulo VI em Iporá, nesse início de ano espera por nova mentalidade, plena consciência das pessoas e que prevaleça as liberdades inegociáveis.
A nosso pedido, ele escreveu mensagem de Ano Novo. Segue….
“QUE NESTE ANO DE 2022 A SABEDORIA DIVINA REVELE PARA NÓS O QUANTO TEMOS DIGNIDADE INFINITA E O QUANTO SOMOS ÚNICOS NO MUNDO, TENDO COMO FONTE E ORIGEM DESSA DIGNIDADE, DEUS, E TENDO COMO ELEMENTOS QUE PROVAM ESSA NOSSA DIGNIDADE A NOSSA LIBERDADE E A NOSSA ALMA/VIDA ESPIRITUAL QUE PERMANECE MESMO APÓS A MORTE FÍSICA.”
Nessa pandemia, que vivemos fortemente nos últimos dois anos, tenho notado algumas coisas que têm me deixado muito preocupado. O primeiro aspecto é a nossa falta de consciência na nossa dignidade individual infinita, que nos torna seres únicos para Deus, e a falta de consciência do que nós temos que nos faz ter essa dignidade, que são a liberdade e a capacidade de nos relacionarmos com Deus. Ora, diante de um momento de crise, uma minoria de pessoas no Brasil e no mundo começou a tomar decisões sobre as nossas vidas sem qualquer tipo de embasamento realmente científico, indo contra órgãos importantes como o conselho federal de medicina, e contra o próprio tempo, que ainda era curto para se tomar decisões tão radicais. De uma hora para outra apareceu um tsunami de coisas que tiraram a nossa liberdade de lutar para a nossa sobrevivência e de nos encontrarmos com Deus. Além disso, muitos que se titulam cristãos se colocaram a favor dessas medidas exageradas e violentas. O que penso estar acontecendo? Falta de conhecimento de quem somos nós, de onde viemos, o que devemos fazer em vida, e para onde vamos. Por isso peço humildemente a Deus que nos dê essa total consciência nesse ano de 2022. Somente assim poderemos ser verdadeiramente livres e felizes, ou seja, verdadeiramente humanos.
Para as críticas que podem surgir a esse pequeno recado deixo somente claro que existem liberdades inegociáveis e que até hoje nunca se chegou a nenhum consenso que as violências que a liberdade sofreu tenham tido uma verdadeira eficácia, já que o impedimento do trabalho e do culto a Deus induziram muitos de nós a nos reunirmos para comermos e bebermos, não que isso seja errado, mas além de ter um risco muito maior numa pandemia, muitos de nós comíamos e bebíamos juntos na hora que devíamos estar trabalhando ou dando o culto devido a Deus, nosso criador e senhor, o mais essencial dentre os essenciais.
FELIZ E ABENÇOADO 2022 A TODOS!