Queima do Alho, dez anos de história! Muladeiros recordam trajetória!

Muladeiros que apreciam a queima do alho emitem nota que saúda o passado. Leia aqui:

Dez anos de história, vale a pena ser registrada, surgiu no ano de 2008, juntamente com 1º Encontro de Muladeiros da Região Oeste de Goiás, no município de Iporá, onde um grupo de idealizadores, perceberam a necessidade do resgaste da cultura do peão de boiadeiro.
Naquela primeira edição, ainda de maneira sutil, em visitação às comitivas e ao degustar as comidas típicas tropeiras, visualizando o entusiasmo das comitivas como toda volta nas memórias de outrora, viu-se ressurgir a cultura tropeira, da comida feita na trempe com a banha de porco.

No termo, “A Queima do Alho” sempre havia a pergunta de quem iria queimar o alho, e aquele que se dispunha durante a cavalgada o fazia, não diferente aqui, surgiu pequena, mas vinculada a toda uma história de jornada no lombo de um animal, em meio a um grande encontro de muares, mas veio conquistando, os organizadores, as comitivas, como também o público em geral, verdadeiros apaixonados, pela cultura na raiz tropeira.

Tenda instalada na av. Pará com rua Bartolomeu Bueno no centro da cidade, onde estão ocorrendo pit stop da queima do alho

Veio tomando uma proporção, de padrão reconhecido nacionalmente e ao longo desses 10 anos, houve uma reconhecida participação de vários apoiadores da importância da queima do alho dentro do encontro de muares, como a coordenadora desse evento, a Srª. Dolorita Rodrigues, esposa de um dos integrantes da AMOG – Associação dos Muladeiros do Oeste Goiano, como também seus colaboradores e parceiros. O que tem se fortalecido a cada ano, visto que ao longo desses 10 anos de edição tem engrandecido, muito o evento de muladeiros do oeste goiano. Firmou-se como um evento paralelo, com intuito principal de resgatar a cultura, as raízes do tropeiro de nossa região.
Nas primeiras edições, o evento era reservados somente ao grupo de jurados, que degustavam as comidas nas comitivas, depois no espaço do leilão, lá mesmo no parque agropecuário de Iporá –GO, mas no entanto ainda não era aberto ao público. Sendo que nesses últimos anos, se tornou um evento aberto ao público apreciador da comida tropeira, como toda a cultura que envolve “A Queima do Alho”.

Parte da atual Diretoria da Amog prestigiando a comitiva do Bugre 

Essa cultura, do fogão improvisado, feito no chão, tornando uma cultura típica, mostrando para as novas gerações como se dava, o preparo da comida típica nas estradas, enquanto levava-se boiada de uma região para outra. A queima do alho, tem grande tradição e a culinária típica, é um atrativo aos visitantes do encontro de muares, pois tem-se uma comissão de jurados, que julgam a originalidade, apresentação, torcida para comitivas participantes, dentre outros critérios. Isso, provoca muito entusiasmo tanto nos participantes, como no público em geral, ao apreciar a tradição, a comida de “sustança”, demonstrando, de uma maneira bem autêntica a “labuta”, no preparo da comida típica do peão de boiadeiro.

“saborear o saber para melhor saber saborear”. (Mozzambani/2010)

Referência:
Luiz Mozzambani Neto, “Queima do Alho”, p.15, editora Mozzambani, 2010.

Público presente saboreando comidas feitas pelas comitivas de Iporá na tenda “Queima do Alho” nas noites de terças e quintas-feiras.

Dolorita uma das organizadoras do Evento Queima do Alho, agradece a participação da sociedade de Iporá e região durante os pit stpo realizado na tenda