Eber Dias, do PT, foi vereador de situação na gestão passada. Era do lado do prefeito Sandoval da Mata. Agora Eber Dias foi reeleito. É vereador agora da oposição em São Luís de Montes Belos. O professor Aparecido, cronista, faz uma reflexão sobre esta diferença, sobre como poderá ser… A crônica foi publicada no jornal O Mensageiro. Transcrevemos trechos desta reflexão:
As cortinas se abrem. O espetáculo está começando. Neste início de seu primeiro Ato, ainda é desconhecida do grande público presente a extensão da Peça, nem enquanto Atos ela se divide, mas a contar pelo alarde do começo, parece que vai monopolizar as atenções dos espectadores interessadíssimos em verem sangue correr na praça, cada qual torcendo para que o seu artista vença, no caso Eber Dias e Mécia Tatico.
As armas que serão usadas, neste duelo a céu abeto ,devem de ser um arsenal de apoio externo ao engalfinhamento, em campo neutro (rádiose jornais) dos dois personagens principais e deve se tratar de um armamento bélico de alto poder de destruição.
As armas que o Vereador Eber Dias poderá usar, deve ter o poder de neutralizar as minas que poderão explodir no terreno minado da última administração da qual ele fez parte, mas ele deverá usar também o cassetete da oposição para atacar a adversária. Esta arma é perigosa e de alto poder de enfraquecimento do adversário situacionista. Às vezes, sem argumentos consistentes, mas dói muito, toda vez que bate, desorienta o lutador.
As armas da Prefeita Mércia Tatico postas à vista de seus “torcedores”e assistentes, não são menos perigosas e de poder de destruição muito grande. E ela ainda conta com o privilégio da trincheira eficiente do Poder Municipal em suas mãos. Suas armas já por demais conhecidas tratam-se das ações judiciais todas apontadas contra o peito do inimigo maior, o ex- Prefeito, ator invisível neste espetáculo, mas, por demais conhecido do público espectador.
As características dos atores são completamente diferentes, o que apimenta mais o espetáculo. O Vereador Eber Dias representa um seguimento político acostumado com as divergências, a grandes debates, inclusive dentro do próprio terreiro do PT. Ele é especialista em se envolver com atritos, pela própria índole de seu partido. O ator usa uma linguagem mais diplomática, disfarça bem a sua periculosidade. Seria um estilo do faroeste simpático que atira no seu adversário com sorriso nos lábios e assopra o cano de sua arma.
Já a atriz, no caso, a Prefeita Mércia Tatico, tem se mostrado impaciente, não suporta a pressão da torcida adversária. Seu estilo é de atravessar a faca nos dentes e partir para cima do adversário, aproxima-se mais do caubói italiano: “Peco não perdoa, mata”.
Por este primeiro Ato, esta polêmica da Oposição contra a Situação, está apenas começando. Os dois lados dispõem de muita munição. Como ninguém quer perder a guerra, a tendência é a de que o deprimente espetáculo continue por vários Atos. Não está prevista uma proposta de cessar fogo, de depor as armas, isto parece estar fora de cogitação. Primeiro teria que passar pelo desarmamento dos espíritos, buscando o diálogo e a aproximação daqueles que são responsáveis pelo bem estar da população. É isso que a torcida que não gosta de briga quer e espera: que São Luís de Montes Belos cresça e apareça, porque a nossa cidade tem a índole de liderança regional, não deve e nem pode se deixar levar por estas disputas políticas de interesse (nem sempre confessáveis) de grupos que fazem de tudo para não largar o osso do Poder. Se não é possível a união em favor do todo, pelo menos que use o bom senso e o respeito para com o povo eleitor, que espera trabalho, dedicação por parte daqueles que foram eleitos para administrar nossa cidade, isso é o mínimo,
