Multa. Este parece ser o ponto essencial que vai garantir o sucesso de uma empreitada de quem queira que a cidade de Iporá fique e permaneça limpa.
Em um instante quando a administração municipal empenha em prol da limpeza pública da cidade, vemos que a colaboração do povo deixa a desejar. Em locais onde foi retirado entulhos, já pode ser visto que voltou a ser cometido o erro de se jogar novamente o entulho na rua, sem o uso do contêiner, apropriado para estes casos.
O povo realmente não colabora, infelizmente. As campanhas que se fazem via panfleto, carro de som e emissora de rádio, não conseguem a educação ambiental que faria do povo o parceiro ideal em prol da meta da boa limpeza pública.
Diante disso, fica claro aquilo que já foi dito, mas que poucos têm coragem de encarar: será preciso fiscalizar rigorosamente e punir os que tiverem conduta irregular com relação à lida com lixo doméstico e, principalmente, com relação aos restos de construções e galhos, um tipo de lixo que não é da competência da Prefeitura a sua retirada. Repetidas vezes foi dito que quando se trata de entulhos é preciso que o morador da cidade tome atitude diferente. Mesmo assim, este tipo de lixo e ainda os galhos de árvores e até mesmo utensílios antigos são jogados nas calçadas e ilhas. E esse tipo de lixo é o que mais causa o transtorno ambiental das ruas e avenidas.
Será que a partir de agora, com um novo mandato, o povo vai mudar seu comportamento e passar a colaborar. Acreditamos que voluntariamente, não. Se não houver uma força mais coercitiva, isso não ocorrerá. E que ação seria essa? Ao poder público, em qualquer esfera, é dado o direito de punir os que transgridem as leis. O sacrifício pecuniário é, nos casos de desrespeito ao Código de Postura, a forma ideal. Portanto, fiscalização e multa. É simples.
Mas será que a nova administração terá disposição para isso? De adotar postura punitiva, de forma a exemplificar com a multa a alguns (ou muitos?) a forma como se pretende que exista de relação entre morador, Prefeitura e lixo? Quase sempre o temor de prejuízo político/eleitoral impede os gestores de tomar as atitudes punitivas. Vamos ver o que vai acontecer para sabermos se a questão da limpeza terá uma solução definitiva. (Valdeci Marques)