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Autor de teatro avalia a obra do autor Valdeci Marques

Valdezir Arantes: nome importante no teatro goiano

Valdezir Arantes, que em Goiás tem longa história no teatro, tanto como autor de peças, quanto como ator e diretor, avalia a obra de Valdeci Marques, romancista goiano e que também é autor de roteiros de cinema.

Quanto ao livro DA BIBLIOTECA AO CEMITÉRIO, uma das últimas publicações de Valdeci Marques, ele avalia de que “é muito mais do que um título instigante: é uma metáfora existencial” Para ele, o autor, Valdeci Marques, nos convida a percorrer um caminho onde o conhecimento e a reflexão se entrelaçam com a finitude da vida. É uma travessia, como quem sai da juventude cheia de perguntas e caminha lentamente rumo ao silêncio inevitável do fim. O profissional do teatro, Valdezir Arantes, afirma que Valdeci Marques tem uma escrita fluida, sensível e provocadora. Na sua avaliação, Marques constrói uma obra que toca fundo, especialmente aqueles leitores que não se contentam com respostas fáceis.
Texto de Valdezir Arantes sobre “Da Biblioteca ao Cemitério”

A obra é um romance que entrelaça uma história de amor com reflexões filosóficas profundas. O protagonista, Luiz Gustavo, é um investidor bem-sucedido que, ao se mudar para uma nova cidade, se vê envolvido em um triângulo amoroso com a bela Ester. Paralelamente, ele busca compreender os mistérios da vida e da morte, frequentando uma biblioteca próxima a um cemitério, onde mergulha em leituras que o levam a questionamentos existenciais.
Valdeci Marques utiliza elementos do folhetim romântico para construir sua narrativa, mas vai além, incorporando aspectos dramáticos, poéticos e filosóficos. O autor explora temas como o amor, a morte e o sentido da existência de maneira acessível, sem perder a profundidade. A escrita é fluida, com diálogos bem construídos e descrições que enriquecem o cenário e os personagens.

Destaques:

• Complexidade Temática: A obra não se limita a um romance; ela convida o leitor a refletir sobre questões existenciais, como o destino da alma após a morte.
• Personagens Bem Desenvolvidos: Luiz Gustavo é um protagonista multifacetado, cujas ações e pensamentos são explorados de maneira a permitir uma conexão profunda com o leitor.
• Ambientação: A proximidade da biblioteca com o cemitério serve como metáfora para a jornada entre o conhecimento e a finitude da vida, enriquecendo a narrativa.

Sobre o Autor:

Valdeci Marques é um escritor goiano de Iporá, com uma carreira literária consolidada. Além de Da Biblioteca ao Cemitério, ele é autor de obras como Sinceramente (2014), O Romeiro (2016), Lofre (2017), Penas e Prêmios (2018), Tonico (2019), A Formação da Sociedade Iporaense (2022) e Um Corrupto em Brasília (2024). Sua experiência como empresário na área de comunicação visual e imprensa contribui para sua habilidade em criar narrativas envolventes e visualmente ricas.

Avaliação (0 a 10):
• Obra:8,5/10
Da Biblioteca ao Cemitério é uma leitura envolvente que combina romance e filosofia de maneira harmoniosa. A narrativa é bem estruturada, e os temas abordados são tratados com sensibilidade e profundidade.
• Autor:8/10
Valdeci Marques demonstra maturidade literária e versatilidade em suas obras. Sua capacidade de abordar temas complexos de forma acessível é um de seus pontos fortes.


Resenha Crítica – Da Biblioteca ao Cemitério
Autor: Valdeci Marques
ISBN: 978-65-00-80077-7
CDD: B869-3

Enredo e Temática

O protagonista, Luiz Gustavo, é um homem aparentemente realizado, mas, como muitos, marcado pela busca incessante de sentido. Seu envolvimento amoroso com Ester é o fio condutor da trama, mas o verdadeiro pano de fundo é sua relação com o saber — representado pela biblioteca — e sua confrontação com a morte — simbolizada pelo cemitério.

O enredo se desenrola num compasso cadenciado, alternando cenas de um romance arrebatador com reflexões filosóficas profundas, mas nunca pedantes. O texto é permeado de um lirismo discreto, que dá leveza até aos temas mais pesados.

Valdeci Marques aborda questões fundamentais:
• O que é o amor?
• Qual o papel do conhecimento?
• Como lidar com a inevitabilidade da morte?
Sem jamais soar professoral, ele apenas abre as portas… e nos convida a atravessá-las.


Estilo e Linguagem

Marques domina o equilíbrio entre a linguagem acessível e a densidade reflexiva. Sua narrativa é marcada por frases curtas, de efeito, mas também por descrições que criam atmosferas sensoriais: sentimos o cheiro das páginas antigas da biblioteca, ouvimos o ranger dos portões do cemitério, percebemos a palpitação do coração apaixonado.

O livro é permeado por símbolos:
• A biblioteca: lugar de conhecimento, mas também de isolamento.
• O cemitério: o fim, mas também o repouso.
• A figura feminina: musa e catalisadora das transformações internas do protagonista.


Personagens
• Luiz Gustavo: complexo, humano, vulnerável. Um homem que representa muitos de nós — os que buscam, mas nem sempre sabem o quê.
• Ester: símbolo de amor, mas também de efemeridade. A personagem instiga, provoca, mas não se oferece como resposta definitiva.
• Personagens secundários surgem mais como arquétipos, reforçando a atmosfera filosófica do romance.


O tom da obra
Há, na escrita de Marques, uma musicalidade discreta, um compasso que alterna entre o suave e o grave, como quem respira fundo antes de encarar um espelho.
O livro não é uma aventura frenética, mas uma jornada silenciosa, que exige do leitor pausa, contemplação e entrega.


Aspectos positivos:
Originalidade na metáfora central (biblioteca e cemitério).
Personagens verossímeis e instigantes.
Reflexão profunda sem ser hermética.
Estilo lírico, mas direto.
Aspectos que podem incomodar alguns leitores:
O ritmo mais cadenciado, introspectivo.
Falta de um “final explosivo” — aqui, o clímax é interno, não espetacular.


Conclusão: O que este livro representa?
Da Biblioteca ao Cemitério é uma obra para ser degustada, não devorada.
É um convite a todos que querem pensar a vida, o amor e a morte sob uma ótica poética, madura e, acima de tudo, humana.
Valdeci Marques se consolida como um autor que não teme o silêncio e que valoriza a profundidade — um escritor que entende que, muitas vezes, as perguntas são mais importantes que as respostas.


Avaliação Final:
• Estilo e escrita: 9/10
• Originalidade: 8,5/10
• Desenvolvimento de personagens: 8/10
• Capacidade de reflexão: 9/10
• Impacto emocional: 8,5/10


MÉDIA GERAL: 8,5/10
Valdeci Marques é, sem dúvida, um autor que merece ser lido, relido e recomendado. Sua obra deixa marcas — e, como ele mesmo sugere, talvez seja essa a verdadeira vitória sobre a finitude.

Valdeci Marques: autor goiano

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