Paulo Araújo, artista plástico iporaense, vive dias importantes em sua carreira. Ele está com exposição de suas telas no Espaço Oscar Niemeyer, em Brasília. “Imersões Abstratas e Figurativas” é o nome da exposição que começou na sexta-feira passada, 11. Até 10 de setembro é prazo para apreciar o trabalho de Paulo Araújo. A exposição é de terça a sexta-feira, das 9h às 18 h. Aos sábados, domingos e feriado, das 9h às 17h.
Filho de Iporá, deixou a cidade em 1977 para estudar e, entre a odontologia e as artes plásticas, se tornou um iporaense respeitado, honrando o nome da cidade natal por onde passa. Está morando em Brasília. Ele é filho de Divino José de Araújo ( Divino Berto) e Maria Rosalina Gomes Araújo ( Dona Fia), da mesma família de Joaquim Lucas Evangelista (Joaquim Berto), pioneiro importante em Iporá.
A exposição no Espaço Oscar Niemeyer é um momento importante da carreira, onde chega com belas obras. Sua jornada no mundo das artes é extensa. Como odontólogo, a paixão pela ciência da estética facial, forjou no amante da beleza, um escultor de perfeitos e belos sorrisos. Tamanha dedicação, desagua numa Instigante busca por uma ordenação de seus preexistentes devaneios pictóricos. A ausência de formação acadêmica lhe permite a liberdade para romper limites. Seus grandes painéis, exibem texturas, colagens, recortes de jornais com ênfase a discursos e imagens sobre a saga humana. Tem acompanhamento de Lourenço de Bem desde 2016.
Assim, já com régua e compasso, o melhor da sua emoção, pulsa em batimentos coloridos e fortes tonalidades. Suas tintas, luzes, traços e narrativas, derivam de conceitos decorrentes da identidade com as obras de Gerhard Richter, Nicolas Sttaël e Anselm Kieffer. Considera o sorriso, enquanto manifestação, a forma mais legítima do abstracionismo social. Por lidar com a busca do sorriso perfeito, vê nesse contexto, a complexidade das variadas formas de expressão. Consciente ou inconscientemente, vê-se mergulhado na manifestação abstrata.
Contrariando um pouco a escola de Richter, Paulo habita a antesala do Vanguardismo. A ausência de formação acadêmica lhe permite a liberdade para romper limites. Seus grandes painéis, exibem texturas, colagens, recortes de jornais com ênfase a discursos e imagens sobre a saga humana. Suas paisagens subjetivas e alegóricas, denotam uma forte influência da jornada de Sttaël como a busca do Santo Graal na linha do horizonte perfeito. Destaque para as cores quentes e terrosas, externando o grito por trás do artista contemplativo, tímido e reservado. Pesadas texturas, combinando resinas, empastelamentos, areias e diversos materiais, convidam o observador ao questionamento.
Vale apontar uma singular característica desse autor multifacetado, que é sua descompromissada sinuosidade criativa entre composições. Umas, complexas e profundamente emocionais e outras, claramente minimalistas e de objetividade pulsante. Nessa mostra, oferece ao público em geral, a oportunidade de um compartilhamento de olhares e emoções.
Abaixo, obras do iporaense