Olavo Lima, que é bacharel em Direito e estudante do curso de Letras, na UEG Iporá, onde é também servidor efetivo, tem se dedicado como estudioso da literatura brasileira e universal.
Sua atuação mais recente no meio foi de interação com Itamar Vieira Junior, famoso escritor, recente vencedor do Prêmio Jabuti e que esteve em Goiânia no mês passado. Olavo Lima, que é crítico literário em redes sociais, ao interagir com Itamar Vieira Júnior trouxe para seu curso de Letras e todos dessa região a impressão que teve, ao contactar aquele autor.
Segue texto em que Olavo Lima faz sua reflexão:
Não é todo dia que temos a oportunidade de bater um papo com um escritor como Itamar Vieira Junior. Pela primeira vez em Goiás, e a convite do SESC/GO, o autor de “Torto Arado” participou de um bate-papo descontraído sobre seu “fazer literário” e suas inspirações no Teatro Sesc Centro, em Goiânia.
Como "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte", saber mais a respeito do processo criativo de alguém já consagrado é enriquecedor. O professor de Geografia e servidor do INCRA licenciado contou como suas anteriores vivências profissionais atravessaram/atravessam sua escrita e com ela se misturam.
Instado a falar sobre a distinção entre o linguajar acadêmico e o literário, foi enfático: "A literatura é livre, não é engessada. Não tem que se comunicar com um único seguimento. Por não ter destino certo, alcança mais gente!".
Sobre a escrita, guia-se pelo sentimento de que "tenta escrever aquilo que gostaria de encontrar para ler". Após receber o prêmio Jabuti na categoria "Romance" por "Torto Arado", escreveu "Doramar ou a Odisseia" e "Salvar o fogo". Sua obra mais recentemente publicada é um livro infantil ilustrado, chamado "Chupim", que se passa em um ambiente similar ao das demais obras, em que o pássaro que dá nome ao livro é o "vilão" dos arrozais.
Ainda perguntei a ele se tem planos de novos romances. Disse que sim, "que está trabalhando em um, só não sabe dizer quando sai".
Fica o agradecimento ao SESC/GO pela organização do “Circuito Literário”, e a Itamar pela acessibilidade e simpatia. Afinal de contas, e parafraseando Ferreira Gullar, “a literatura existe, porque a vida não basta”.