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Bacia do Caiapó torna-se exemplo de geração de energia, comenta Sevan

Energia limpa, barata e menos impactante é característica própria das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). É o que defende o geólogo e presidente da Triton Energia, empresa que cuida dos empreendimentos na bacia do Rio Caiapó e que já faz do local um exemplo para o Brasil. Nesta bacia já tem em funcionamento a PCH Mosquitão (desde alguns anos) e PCH Santo Antônio (de outro grupo empresarial). Da Triton Energia estão entrando em fase de geração de energia as PCHs Tamburil e Rênic. Em breve, começará a construção da PCH Jacaré.

O Oeste Goiano entrevistou o empresário Sevan Naves sobre os empreendimentos, o estágio atual e sobre a importância da energia elétrica gerada nos rios.

Entrevista

OESTE GOIANO – A quarta PCH da bacia do Caiapó está quase entrando em funcionamento?
SEVAN NAVES – Sim. Está chegando a hora de gerar energia. A PCH Rênic, a 4ª usina hidrelétrica da bacia do Rio Caiapó, no afluente Rio Bonito, entre Palestina de Goiás e Arenópolis, já ultima suas turbinas, com 16 MW de potência, para iniciar a geração em janeiro de 2016. Esta usina faz parte do empenho do grupo Triton, que é dirigido por nós, no esforço de aproveitamento sustentável desta riqueza primária abundante no oeste goiano.

OESTE GOIANO – Dizem os entendidos que esta forma de geração de energia é a de menos impacto ambiental. Essa afirmação é correta?
SEVAN NAVES – A hidroeletricidade (energia que vem das águas), notadamente das PCHs – pequenas centrais hidrelétricas-, é a fonte mais barata e uma das menos impactantes ambientalmente. O fato das demais energias alternativas, como a solar e a eólicas, não serem concorrentes, e sim complementares à energia das PCHs, tornam as PCHs essenciais na matriz energética nacional. A matriz energética brasileira deve ser diversificada, com todas as fontes energéticas, inclusive a temida energia nuclear (Amorinópolis detém importante jazidas de material radiativo), mas como a hidráulica é preponderante, esta deve ser a sua base. Exemplarmente, os Estados Unidos já utilizam 90% de sua energia hidráulica e o Brasil não atingiu 18% de seu potencial. Considero ainda altamente danosa a utilização intensiva da energia das térmicas, como é feito neste grave momento da economia nacional. A energia das térmicas, utilizando combustíveis fósseis, é caríssima e negativa a balança de pagamento do País, por ser importada. E, o pior, é dolorosamente poluente e contribui e muito para o efeito estufa no aquecimento global.

OESTE GOIANO – Fala-se muito sobre o uso para fins econômicos e de turismo dos lagos que se formam. O que dizer sobre isto?
SEVAN NAVES – A América do Norte está cheia de lagos naturais e artificiais, criados pelas hidrelétricas, e faz intenso uso social e econômico deste fabuloso ambiente aquático. Inclusive, com a piscicultura, que fornece a proteína mais consumida no mundo.
No Brasil, patrulhado pelas ONGs financiadas pelo setor petrolífero, pessoas incautas erroneamente consideram absurdo a formação de lagos, mas permitindo que a água doce seja desperdiçada indo diretamente ao mar. Aqui na bacia do Caiapó já estamos com projeto de piscicultura em andamento e, no futuro, em razão destes lagos, teremos todo um pólo de produção de peixes.

OESTE GOIANO – Isto significa também que as PCHs geram efeito em cadeia em favor da economia local?
SEVAN NAVES – Sim. Uma atividade influencia a outra. De forma saudável, a alta disponibilidade energética está atraindo empresas e indústrias para esta região goiana, provocando um estimulante surto de prosperidade, a curto e médio prazo. Muita coisa positiva está acontecendo. A gente só aguarda o licenciamento ambiental para fechar o ciclo de aproveitamento da energia do Rio Caiapó, com a implantação da PCH Jacaré, de 26 MW, no Rio Caiapó, na divisa de Iporá (aonde a Casa de Força ficará) e Arenópolis, cujas obras esperamos iniciar ainda no segundo trimestre de 2016, para gerar energia no final de 2017.

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