Em recente solenidade de entrega de premiação aos maiores contribuintes de ICMS de 2018, promovido pela Impacto Assessoria e Oeste Goiano, o Presidente da CDL Iporá, Edmirson José Ribeiro, em sua fala, levantou a questão da duração e dos efeitos provocados ao comércio pela tradicional Festa de Maio.
De acordo com o Presidente, os comerciantes da cidade sentem os efeitos antes, durante e depois do evento que reúne centenas de barraqueiros que comercializam diversos produtos a preços menores do que os praticados na cidade. Para quem olha quantidade e valor, é possível comprar muito por pouco. Se tem lojas que vendem, por exemplo, uma calça de grife e qualidade por R$ 400, pelo mesmo valor, é possível comprar uma dúzia nas barracas. As agências bancárias informaram ao CDL que foram sacados alguns milhões de reais durante os dias da festa. Para os comerciantes, o movimento vai diminuindo algumas semanas antes e para durante e após a festividade. A recessão provoca dificuldades para quem tem suas empresas estabelecidas, pagam impostos e geram emprego.
“A CDL não é contra a realização da festa de Maio, mas entende que precisa ser respeitado o prazo definido em lei que é de 6 dias. A evasão de dinheiro é muito grande e isso deixa os comerciantes de Iporá em dificuldade. A economia local só volta ao normal 60 dias depois da festa. Outro ponto a ser discutido é a situação dos comerciantes que ficam no perímetro onde as barracas ficam montadas. Durante todo o período, as vendas praticamente paralisam, pois o acesso aos seus estabelecimentos ficam bem limitados. Esses comerciantes precisam ter ser direitos respeitados pois contribuem durante todo ano com o município”, comenta o Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas.
Edmirson defende que o assunto seja debatido agora pelos empresários e poder público. “Se lembrarmos dessa questão em abril do ano que vem, às vésperas da festa, quando a Prefeitura já comercializou os lotes, nada será feito mais uma vez”, questionou ele lembrando que por lei a festa deveria durar 6 dias, mas que as vezes é o dobro do período.
O Prefeito Naçoitan Leite disse que está à disposição para conversar com o CDL, mas que também ouvirá outros segmentos e a comunidade para discutir o assunto. “É uma tradição de mais de 60 anos. A festa eu não vou acabar. Sempre houve essa evasão de divisas. Não é de agora”, comentou o Prefeito.