A construção da Pequena Central Hidrelétrica “PCH Rênic” entre os municípios de Arenópolis e Palestina de Goiás encontra-se em ritmo acelerado e uma das recentes ações realizadas com sucesso foi o desvio do rio Bonito em um trecho de aproximadamente setenta metros. O desvio do rio é uma das etapas iniciais para a construção da barragem no qual o rio passa a ser direcionado para uma galeria construída paralela ao seu leito. Esse desvio gera um pequeno trecho de rio seco onde é necessário o salvamento da ictiofauna (peixes) ao mesmo tempo em que se iniciam os trabalhos de desvio do fluxo de água.
Como essa atividade pode gerar risco para a ictiofauna, é necessário antes do desvio do rio verificar se toda atividade e todos participantes estarão treinados e com todo material necessário para realizar o salvamento dos peixes e demais animais que possam estar na área. Assim, foi realizada uma reunião com a equipe técnica da PCH Renic composta por três biólogos e oito ajudantes com o objetivo de verificar a área e treinar a equipe para os procedimentos de salvamento.
O salvamento de peixes foi iniciado concomitante com as ações de depleção do nível de água da ensecadeira, resultando o aparecimento de alguns peixes e da formação de poças isoladas. Nos dias de salvamento foram capturados um total de 1.259 espécimes distribuídos em 21 espécies, 13 famílias e três ordens. Characiformes, Siluriformes e Gymnotiformes, sendo a ordem Siluriforme dominante com maior abundância em números de indivíduos com 60,84% dos peixes coletados sendo seguido por Gymnotiformes com 23,45% e 15,73% de Characiformes.
Cerca de 250 operários atualmente trabalham no canteiro de obras para dar forma e estrutura à PCH, que depois de concluída, beneficiará com energia elétrica os municípios da região oeste de Goiás. Na construção da PCH estão sendo tomados todos os cuidados relacionados às preocupações ambientais e de segurança técnica da obra.
Os empreendedores desta PCH, que tem como presidente o Geólogo Sevan Naves, que estimulam, no oeste goiano, o intenso envolvimento social, além de saber que tais empreendimentos geram renda, empregos e desenvolvimento regional, ao transformar uma latente riqueza primária em um bem primário à disposição da sociedade, com plena preservação ambiental.