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DÍVIDA:Frigorífico em Iporá deixa de pagar 7 milhões para pecuaristas

Produtores em frente frigorífico reclamam por dinheiro de venda de gado a receber

Nesta manhã de segunda-feira, primeiro de outubro, alguns do 90 produtores que possuem dinheiro a receber do Frigorífico Qualifrig, foram para a porta do mesmo, a fim de impedir que o mesmo funcionasse, já que havia expectativa de que aquela estrutura física ali instalda, nas margens do córrego Santo Antônio e ao lado da cidade (Bairro do Sossego), funcionasse com outra denominação empresarial.

No entanto, não apareceram funcionários para retomar as atividades do frigorífico. Os produtores prejudicados com dívidas não recebidas chamaram a imprensa para relatar sobre aquilo que até agora é um calote orçado em cerca de 7 milhões, dinheiro que teria que ser pagado para cerca de 90 pecuaristas.

Os produtores contam que assim que paralisaram as atividades, sem que houvesse pagamento, os proprietários alegaram que para regularizar as pendências financeiras teriam que fazer com que a empresa funcionasse, o que chegou a ocorrer, com pagamentos a vista (3 dias), sendo que as dívidas foram parceladas em dez mensalidades. Eles contam que dessas parcelas foram feitos pagamentos de uma ou duas mensalidades e interrompidos todos os demais pagamentos.

O frigorífico deixou de abater e os contatos com os donos do mesmo ficaram mais difíceis por parte dos que tem a receber dinheiro de venda de gado. São pecuaristas com valores variáveis a receber: desde 20 mil reais até 80 mil, 100 mil ou mais. Esses credores do dinheiro a ser pago aos pecuaristas da região estão em outras unidades da empresa: Recife (PE) e Cajamar (SP).

Ao OG os produtores reclamam de que o Sindicato Rural de Iporá Diorama e Israelândia teria que entrar neste embate para defender os criadores de gado. A reportagem falou com Adailton Leite, presidente da entidade sindical, o qual nos afirmou que já ajudou a fazer uma negociação de parcelamento e que esta não foi cumprida, o que o fez ficar decepcionado e ter a convicção de que os empresários do frigorífico não estão agindo com boa fé. Diante disso, abandonou as negociações e diz lamentar o episódio e afirmando que para que paguem é preciso que o frigorífico funcione outra vez.

A reportagem ouviu de vários produtores que o que resta é recorrer a Justiça, com base nos documentos que possuem de entrada do gado no frigorífico. Enquanto não decidem entrar na Justiça, tem como certo de que farão plantão na porta do estabelecimento para que este não funcione com outra denominação empresarial. Antes desse funcionamento, é preciso quitar com cerca de 7 milhões de dívidas para com pecuaristas da região de Iporá.

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