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Espanhol também interessa-se por Muladeiros 2015, anuncia Henrique

Iporaense Henrique, na Espanha, com Rafa Fuentes,  viabilizando intercâmbio

A dimensão internacional do Encontro de Muladeiros se consolida cada vez mais. Depois do interesse de colombianos, aqui já mostrado neste meio de comunicação, agora são os espanhóis que demonstram intenção de vir no encontro de janeiro do ano que vem. Henrique Paixão, ex-diretor na AGEL, é quem informa aquilo que fez frutificar de um contato seu na Espanha.

No país europeu, o iporaense Henrique Paixão está mantendo contato com Rafa Fuentes, presidente da Associação de Jumentos Andaluz, nos arredores de Monachi, Granada. Henrique esteve pessoalmente naquele país. No contato com o conceituado criador de jumentos andaluz, Rafa Fuentes mostra-se preocupado com a pureza da raça e quer trazer para o Brasil esta preocupação, para dentro do maior evento do segmento, para que o assunto seja debatido e que passe existir parceiros na luta. Para o iporaense ele relatou que a raça mais pura dos jumentos no planeta já está extinta: são os assininos africanos. Resta ainda o Andaluz, com o qual ele trabalha, mas sem apoio do poder público na Espanha. Ele vê numa parceria com o Brasil a possibilidade de manter a raça com pureza genética. Por isso, quer vir ao Brasil em 2015 para participar do 8º Encontro Nacional de Muladeiros.

Henrique Paixão, que é também produtor rural, afirma que tem essa mesma preocupação, pois tenta manter a tradição de seus avós paternos em continuar com o criatorio de jumento pega. É um amante do segmento, o qual resgata nossas origens e valores culturais. “Ações como a de Rafa devem serem valoradas e sua história de luta pela preservação da espécie difundida  conscientizando nos filhos sobre a importância desse animal na história e na economia do Brasil e do mundo”, afirma Henrique Paixão.  Acrescenta que a raça de jumento pêga está mais próxima do Jumento Andaluz geneticamente e esse intercâmbio cultural irá aperfeiçoar ainda mais os estudos sobre a origem do Jumento Pêga. 

Em um informativo da ANDA (Agência de Notícias de Direitos do Animais), Rafa Fuentes faz o desabafo que se segue:

“Não suporto mais, me sinto como um náufrago em uma ilha. Eu vou ter que levar meus jumentos para o abate porque eu não posso mais mantê-los”. A declaração é de Rafael Fuentes, um protetor de animais que criou há anos uma reserva de jumentos andaluzes com a intenção de lutar contra a extinção desta raça. Rafael se agarra à idéia de que alguém irá ajudá-lo para que os burros que ele mantém possam continuar vivos, e para que o seu sonho não termine no sacrifício dos animais. São 16 jumentos, e estão entre os poucos desta espécie que restam na Andaluzia.

Rafael Fuentes, que sempre fora um admirador dos animais, criou a reserva de jumentos andaluzes quando percebeu que a raça estava desaparecendo. A partir desse momento, ele e sua esposa começaram a procurar animais da raça e, em um campo nos arredores de Monachil (Granada/Espanha), montaram uma reserva com 20 exemplares. Quase todo o dinheiro que ganhavam em seus trabalhos era dedicado a manter os animais. ”Nosso objetivo, além de contribuir para o jumento andaluz perpetuar-se para as futuras gerações, é que o público em geral e os andaluzes em particular tomem consciência da importância de se proteger um animal em perigo de extinção”. Segundo Rafael, esse foi o propósito da reserva de jumentos de Monachil.

Para Rafael, “os jumentos têm suportado em suas costas a maior parte do fardo da história”. E ele não está brincando. No passado, todo tipo de ofício nas sociedades humanas européias exploravam esse animal para transporte, bem como eram utilizados também na agricultura. ”Só eles eram capazes de escolher o melhor caminho, eram guias autênticos, sabiam qual era o caminho mais curto e seguro”, conta o admirador da espécie.

De acordo com Rafael, a crise financeira que está atingindo a todos também está abalando o seu sonho de cuidar dos animais. ”Praticamente não temos ajuda e a inflação nos obrigou a doar três animais, dois machos castrados e uma fêmea, em 2008″. Mas agora a situação de Rafael está ainda pior, e o mesmo passa por dificuldades para prover alimentos e medicamentos aos jumentos.

Em entrevista ao jornal espanhol Ideal, Rafael disse que espera que alguém possa ouvir ao seu pedido de socorro. Há menos de 500 jumentos da raça andaluz na Espanha. ”Se não houver uma solução, em breve o burro pode ser um animal do passado”, acrescenta Rafael.

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