Alcides Augusto da Fonseca, iporaense de trajetória na política e no ensino público, e que desde 1993 atua na área de laticínios, foi aclamado pelos laticinistas de Goiás para que fosse o presidente do Sindileite, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás. A convite desses empresários do ramo, ele aceitou o cargo, no qual já foi empossado. A entidade é muito conceituada no setor produtivo de Goiás ao atuar na defesa dos interesses da área de laticínios. Ser presidente do Sindileite insere o iporaense Alcides Augusto da Fonseca no rol de grandes nomes do setor como José Carelos Meirelles, Domingos Villefort, César Helou, Ananias Jaime e Joaquim Guilherme.
O novo presidente do Sindileite é um empresário que cresceu dentro do segmento, com atuação nesta região do Oeste Goiano. O iporaense tem uma origem humilde de quem já foi sapateiro e, com esforço pessoal, foi galgando espaços. Foi professor, eleito vereador em 1982; foi delegado de ensino e com cargos em direção partidária do MDB em tempos de uma prática política em Iporá com muita seriedade.
Alcides teve seu primeiro laticínio em Campolândia e, com visão de negócios para a área, foi crescendo dentro do segmento ao ponto de hoje ser dono em Piranhas de uma indústria de laticínios, a Lacto Sul Indústria e com nome de fantasia que pode ser visto em prateleiras de supermercados como produtos Centro Oeste ou Saboroso, que emprega mais de 250 funcionários e que industrializa queijo, requeijão, queijo prato, leite em pó, composto lácteo, e, em breve, o leite condensado.
Entrevista
A reportagem do Oeste Goiano recebeu o empresário Alcides Augusto da Fonseca para uma entrevista sobre o cargo que passa a ocupar. Ele afirma que não era seu propósito estar nesse cargo, mas cedeu aos pedidos dos colegas industriais da área de laticínios. Ele afirma que passa a fazer uma gestão de três anos em defesa dos laticínios, mas também com foco na harmonia de todo o contexto que envolve a produção de leite e que precisa de ações do Governo Federal que melhore também a vida do produtor rural. Sobre o mercado nesse segmento lácteo, ele afirma que a política de importação, às vezes, atrapalha, com a vinda de produtos do exterior que chegam com preços que jogam o preço do leite brasileiro para baixo. Para ele, é preciso que o Governo faça, tal como faz todos os demais governos, de protecionismo para esse segmento.
Alcides avalia que é preciso que esse contexto seja tratado como um todo, no qual o produtor precisa ser valorizado pelo governo e que ele, o produtor, precisa também gerir sua propriedade como uma empresa e com toda criatividade e tecnologia possível. Ele acredita que é possível uma relação de negócios entre as partes na qual todos possam ser financeiramente bem remunerados.
O amor por Iporá
Alcides afirma que lamenta que sua empresa não esteja em Iporá, o que ocorreu apenas por uma circunstância de negócios, na qual apareceu a oportunidade do investimento em Piranhas. Mesmo fora de Iporá, ele emprega mais de dez pessoas da cidade. São de Iporá o seu engenheiro eletrônico e a engenheira de alimentos da indústria. A atuação empresarial de Alcides Augusto da Fonseca coloca o iporaense em destaque estadual, com cargo que o faz conviver com importantes nomes do segmento produtivo de Goiás e na relação com o poder público em busca de apoio para o segmento.
Perguntado sobre como vê o destaque de filhos da terra no cenário produtivo de Goiás, ele avalia que a cidade de Iporá tem sido feliz em gestores de negócios, a exemplo de José Lopes Coelho e tantos outros. Ele elogia pessoas da cidade que se destacaram e cita que são homens ou mulheres que estão fora, mas querendo voltar a viver em Iporá. Ele cita que são pessoas que estão fora, mas que se orgulham de dizerem que são iporaenses.