Na sua edição de hoje, sexta-feira, 4, o jornal O Popular, na página 19, em texto de Ricardo César, traz extensa matéria sobre algo que, dentro do Estado de Goiás, só existe em Iporá: a moeda pequi. Tal como o Oeste Goiano já divulgou assim que criada, a moeda Pequi circula em Iporá impulsionada pelo Banco Comunitário, ligado a Coopercoisas (Cooperativa de Pequenos Produtores de Iporá). Essa é uma moeda social, de circulação na cidade, entre produtores e comerciantes ligados ao cooperativismo e visa fortalecer a economia local, na medida em que impede que se compre as coisas de fora, já que sua circulação limita-se às fronteiras do município.
A moeda Pequi tem paridade com o Real. Na reportagem é explicado que um Pequi vale um Real. Cinco Pequis valem cinco Reais. Na Feira do Produtor, sempre realizada em Iporá às quintas feiras, no anexo da Avenida Dr. Neto da Feira Coberta, essa moeda social é muito usada. O jornal conta que esse banco comunitário de Iporá que faz circular uma moeda social é o único em Goiás, mas que no Brasil já são 104. Essa estratégia ajuda a fortalecer a economia entre cooperados, na medida em que fecha grupo e estreita meios de comercialização entre estes.
O Popular entrevistou o agricultor e ex-prefeito de Iporá, Valdion Marques, que disse da boa inovação, frisando que o Pequi é impresso pelo Banco do Brasil, com marca dágua, tal como outras cédulas de moedas sociais pelo país afora. Valdion disse a O Popular que quem troca o Real por Pequi ganha descontos para a aquisição dos produtos da terra. Disse ainda na reportagem que algumas empresas da cidade (farmácias, lojas agropecuárias e outras) foram conveniadas para aceitar a circulação da moeda Pequi. Valdion acrescentou que a ideia é fazer com que o Pequi (a moeda) vá ganhando espaço em meio à sociedade iporaense.