Foi remarcado o curso que seria entre 13 e 15 deste mês. Fica para entre 24 e 26 o curso de sangrias em seringueiras. Os que estão na atividade aguardam ansiosamente a oportunidade do aprendizado.
Do que se falou desde seis anos atrás, agora haverá a materialização do sonho! Está previsto para este mês um curso para orientar produtores rurais sobre a forma de se fazer sangrias nas árvores que dão látex, matéria prima da borracha, tão usada na industrialização de vários objetos.
A região vai colher os primeiros resultados. Isso feito com sangrias nas árvores, da qual se extrai o látex, produto a ser vendido para a indústria. Em conexão e colaboração com o trabalho da Associação dos Heheicultores de Iporá e Região, o Sindicato Rural de Iporá Diorama e Israelândia programou o curso que orientará os que vão se dedicar a sangria de seringueiras. O Sindicato acionou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entidade com a qual tem convênio, e que traz para Iporá o curso de sangria de seringueiras. Será um aprendizado gratuito para os que se inscreverem nesse curso, feito com aulas práticas em locais do município onde tem seringueiras em momento de serem submetidas às primeiras extrações.
O curso terá carga horária de 24 horas e pode ser feito para os de idade mínima de 18 anos. São 16 vagas. O curso inclui noções sobre meio ambiente e legislação ambiental e sobre solo, clima, topografia e ainda sobre seleção de árvores para a sangria, equipamentos e ferramentas para sangria de seringueiras, bem como comercialização e distribuição do látex e sobre técnicas de sangria e coleta de látex.
Arnon Geraldo Ferreira, um entusiasta do cultivo de seringueiras na região do Oeste Goiano e que também dá seu exemplo, com plantio em propriedade dele, nas proximidades do Jacinópolis, faz um relato sobre o histórico desse tipo de cultivo em municípios deste lado do Estado.
Segue o que tem ocorrido, desde as primeiras iniciativas
DO SONHO A ATUALIDADE – PROJETO SERINGUEIRA.
A partir da ideia e do sonho de dois filhos de Iporá-Go e que tiveram contato com A Seringueira no ano de 1986 em Campinápolis – Mt, nasce em 2008 à ideia da implantação dessa cultura na região de Iporá – Go e apos visitar a região de Goianésia e Barro Alto – Go, o maior polo produtor de Látex do estado de Goiás.
HISTÓRICO DO PROJETO:
Após um processo de coleta de dados relativo as condições climáticas da região e a sua aceitabilidade, é feito no dia 28 de Outubro de 2008, na AABB de Iporá um evento voltado para o plantio de florestas e no evento foi apresentado 4 tipos de florestas – Seringueira – Eucalipto – Frutos do Cerrado e Mogno Africano, sendo que a atividade que se consolidou e tomou corpo através do associativismo foi o do plantio da seringueira.
Ano de 2009 e 2010 – Foram feito vários encontros com os produtores rurais a exemplo da região do Jacaré – Buriti – Jacinopolis – Jacuba e ate mesmo na Câmara Municipal.
Ano de 2010 – Visita a Goianésia com 20 produtores ao polo de Goianésia e fomos recebidos pelo Saudoso Segundo Bráulio (im memoriam) quem propicio a chegada da Seringueira em Goiás.
Em Dezembro de 2010, da se o inicio do plantio através do Senhor Dorivaldo (Doro) que plantou na sua pequena propriedade 450 mudas e aumentadas para 2.000 depois.
Em Abril de 2011 é criado a AHIR – Associação dos Heveicultores de Iporá e Região, com a participação de 53 Associados.
Em Fevereiro de 2012 foi feito o segundo plantio na Fazenda Jacaré através dos senhores Bartolomeu Ferreira Bernardes e Adão Rosa Oliveira num total de 4.500 arvores.
E já no ano de 2013 – na região do Jacinópolis, a 2 km das Águas Claras, foi efetuado o plantio na minha propriedade de 4.000 arvores.
Esse é um breve histórico do trabalho de implantação da ideia e hoje já passamos pelo processo de implantação, manutenção e iremos iniciar o mais aguardado dos ciclo que é o da extração do látex, que será em setembro de 2018 – a partir de um curso que será ministrado pelo SENAR na propriedade do Sr. Dorivaldo.
IMPORTÂNCIA ECONOMICA
Após o inicio deste ciclo poderemos ver a importância econômica desta no alternativa de renda para o pequeno produtor o qual é o nosso foco principal, sem deixar de lado os demais, mas levando em consideração a necessidade que cada produtor tem de diversificar a renda da sua propriedade, e com a agregação de valor a seu produto, se faz necessário a diversificação, pois quando uma fonte está em baixa a outro faz a recuperação e assim a subsistência do pequeno, que muita vezes não possui a infraestrutura e nem o suporte de um médio e grande produtor possui.
IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
Levando em consideração também o fator ecológico da cultura, podemos agregar mais essa condição na exploração econômica e ambiental.
E principalmente se observarmos a crescente necessidade da preservação ambiental pois a cada dia observamos o aumento do efeito estufa pela emissão dos gases poluentes na atmosfera.
Só poderemos amenizar essa situação e também a da falta de agua o que vem ocorrendo com grande frequência, pelo ritmo descontrolado do desmatamento e gerando uma instabilidade na quantidade de chuva, através da conscientização da preservação.
A Seringueira pelo fato de ser uma espécie de grande longevidade, já que seu ciclo de vida produtiva pode chegar a 50 anos ela é uma das espécies aceitas para a recomposição da Área de Reserva Legal (ARL).
Através da criação da AHIR – Associação dos Heveicutores de Iporá e Região, fizemos todas as gestões junto a Secretária de Meio Ambiente Estadual – Secretária da Agricultura e Abastecimento Estadual – Incra – Faeg – Emater – Embrapa – e outras instituições afins.
EXPECTATIVA ATUAL E FUTURA
Nossa expectativa é de que após o processo de consolidação que será executado a partir de setembro agora, onde inicia a fase produtiva e que será complementada até meados de 2020, onde todos já estarão fazendo suas sangrias, um novo processo se iniciara que será o da busca de processo de beneficiamento do produto extraído e vendido como matéria prima. Esse processo será o mais complexo devido a na atualidade nem mesmo o polo produtor de Goianésia e outros, terem conseguido a quantia necessária de produto para a criação de uma Indústria.
Mas tenho a esperança e levando em conta vários exemplos de indústria por meio de cooperativa, acredito que iremos conseguir tal proeza. Pois o principal já fizemos que era o inacreditável a implantação de 4 seringais em uma região dominante pela pecuária leiteira, não somos concorrente e sim parceiros dos produtores de leite. A seringueira é uma alternativa e não a solução da propriedade.