O mesmo problema do período chuvoso passado, volta a acontecer: interrupções demoradas de energia elétrica na zona rural de municípios da região do Oeste Goiano. O maior número de reclamações é no município de Palestina de Goiás e na bacia do Rio Caiapó.
Se no período de estiagem o fornecimento de energia esteve regular, essas quedas e interrupções demoradas do momento tem a ver com a falta de manutenção das linhas de transmissão, com vegetação que cresce debaixo da fiação neste período chuvoso e com isso causa-se o problema.
É assim que avaliam os produtores rurais: falta poda de árvores nesses trechos por onde passam as linhas de transmissão da rede elétrica. Se galho de árvore toca o fio, a energia cai.
E as interrupções no fornecimento de energia elétrica são demoradas. Tem produtores que dizem ter passado três dias sem energia elétrica, o que significa muitos prejuízos, principalmente para os produtores de leite, produto que é resfriado por alguns dias na própria fazenda. Os prejuízos tem a ver também com escuridão e desconforto de moradores da zona rural, além de perda de alimentos e impossibilidade de uso de equipamentos elétricos.
Na temporada de chuva passada, quando produtores viveram este mesmo dilema, alguns compraram geradores elétricos e estão fazendo uso agora, nestas ocasiões. Mas um gerador elétrico é equipamento caro. Nem todos fazendeiros ou sitiantes podem fazer esta aquisição.
Ficar sem energia por horas, dia ou dias está sendo o drama de produtores rurais na região. Parece que a Enel não fez investimentos na manutenção das redes.
Diretores do Sindicato Rural de Iporá já cogitam a possibilidade de um protesto diante do Enel, fato que não é novo. Na região de Iporá veementes protestos já foram feitos. Parece que não resultaram em solução definitiva.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Enel em Goiânia, que ainda não deu uma resposta concreta sobre o assunto. Foram solicitados números de unidades consumidoras afetadas para saber o que tem acontecido. Para os produtores rurais, o que tem acontecido é o óbvio: falta de manutenção das redes de transmissão.