O Curso de Geografia da UEG de Iporá, que tem buscado sempre oferecer um ensino de forma integrada e melhor qualificado para os acadêmicos que compõe o referido curso, fez mais uma viagem de estudo. A atividade cria relação entre teoria e prática e é fundamental para que ocorra a formação dos alunos.
Partindo desse princípio, os professores: Zezinho, Marlucia e Edna organizaram uma viagem para estudo de caso; na ocasião os alunos do estágio supervisionado foram visitar em Orizona (GO) uma EFA (Escola de Família Agrícola), que é conhecida por EFAORI.
A EFAORI trabalha com a pedagogia da alternância, onde os alunos estudam de forma intercalada, ou seja, uma semana eles ficam na escola em tempo integral, inclusive pernoitando e na semana seguinte eles voltam para suas residências, onde vão ter a oportunidade colocar em pratica os conhecimentos adquiridos na escola. Muitos especialistas afirmam que essa é uma ótima estratégia para diminuir a evasão escolar em áreas rurais e para melhor promover a valorização (resgate) da identidade do homem do campo; pois, de acordo com a pedagogia da alternância a vida no campo é uma excelente forma de ensinamento.
De acordo com Rodrigues (2009) a metodologia da Pedagogia de Alternância “(…) foi criada por camponeses da França em 1935. A intenção era evitar que os filhos permanecessem a maior parte do dia no caminho de ida e volta para a escola ou que tivessem de ser enviados de vez para morar em centros urbanos. No Brasil, a iniciativa chegou com uma missão jesuíta, no Espírito Santo, em 1969. Logo se espalhou por 20 estados, em áreas onde o transporte escolar é difícil e a maioria dos pais trabalha no campo. Os alunos têm as disciplinas regulares do currículo do Ensino Fundamental e do Médio, além de outras voltadas à agropecuária. Quando retornam para casa, devem desenvolver projetos e aplicar as técnicas que aprenderam em hortas, pomares e criações”. Vale lembrar que essa metodologia de pedagogia de alternância é reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação).
No estado de Goiás atualmente existem três escolas de família agrícola que funcionam no formato de pedagogia de alternância; atualmente existe discussão avançadas no sentido de criar duas escolas nesse formato, sendo uma em Caiapônia e uma em Baliza. (Texto do professor Divino José Lemes de Oliveira / Zezinho)