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Depoimento de transportador de alunos mostra dificuldades de momento

Pedestre que quiser ir de um lado a outro tem que equilibrar sobre madeira a grande altura. Moradores pedem construção de passarela

A demorada construção da metade da ponte sobre o Rio Claro, nas proximidades do povoado de São Sebastião do Rio Claro, traz diversos problemas:

– Alunos sem frequentar aulas.

– Travessia perigosa de pedestre por não ter guarda mão.

– Longa distância para em automóvel movimentar-se entre os dois municípios de Moiporá e Iporá. 

A reportagem do Oeste Goiano foi procurada por Odair Martins de Lorena, transportador de alunos que reside no município de Moiporá. Ela relata as dificuldades de momento.

Ele reconhece a importância da construção da metade iporaense da ponte sobre o Rio Claro, em esforço de produtores rurais, juntamente com a Prefeitura de Iporá. Mas ele lamenta que ao se projetar a obra, não pensaram nas dificuldades que viriam. Não foi feito um desvio, uma passarela sobre o rio, nem passagem provisória e nem sequer um guarda mão para os pedestres que queiram passar sobre os vãos da ponte em construção. 

O transportador de alunos conta que quem quiser ir de um lado a outro da ponte tem que se equilibrar um vão, com grande risco para a vida, em razão da grande altura. Com isso, atualmente o isolamento é geral entre os dois lados divididos pelo Rio Claro.  Odair Martins de Lorena calcula que a ponte só ficará pronta em janeiro e até lá perdurará um isolamento que poderia ser evitado se tivessem tomado providências, pelo menos em favor dos pedestres. 

Até essa semana que passou, o transportador de alunos esteve trabalhando. Deixava seu veículo na margem, do lado do município de Iporá e atravessava em equilíbrio o vão, para pegar os alunos do lado de Iporá e seguir com eles em carro para a escola.

Os alunos do lado de Moiporá estavam sem aulas e assim continuarão sem ir à escola. Agora, os do lado de Iporá também ficam sem o transporte escolar e, em casa, sem aulas. O transportador não vai mais fazer o serviço. 

Segundo ele, o contrato de transporte com a Secretaria de Educação não aceita pagar por quilômetro rodado a mais. Por exemplo, se ele quiser pegar os alunos do município de Moiporá e dar a volta até outra travessia, não iria receber a mais e, como essa volta aumenta em dezenas de quilômetros a rota, o que fica financeiramente inviável. 

Com isso, são alunos sem frequentar as escolas, são condições intransitáveis entre os dois lados da ponte e uma situação muito complicada e que vai perdurar por muito tempo ainda. 

Odair Martins Lorena clama que as autoridades tomem providência, pelo menos pela implantação de uma passarela para pedestres.

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