Desde o dia 13 de março que a gestão do ensino regional passa por intervenção. Já são 103 dias do afastamento de Jerônimo Brito, período em que o interventor prof. Honorival Fagundes Alves está à frente do órgão. Veio de Goiânia, faz seu trabalho com dinamismo, mas esses casos de intervencionismo são geralmente para 30 dias. O tempo passa. Já são 103 dias e os conflitos políticos não permitiram que houvesse acordo, nem pela volta de Jerônimo Brito, nem pela nomeação de outra pessoa.
Os grupos políticos de João Campos e de Naçoitan Leite travam duelo de bastidores. O cargo é do deputado federal João Campos e ele tem como seu protegido o educador Jerônimo Brito. No entanto, o deputado ainda não conseguiu, assim como anunciara em entrevista, trazer de volta para o cargo o professor Jerônimo Brito. Como não mostrou força imediata, o grupo de Naçoitan Leite começa a ter chance de emplacar um outro nome no cargo. Esse nome seria o do educador e ex-vereador Dárcio Siqueira (PSDB). Tanto Dárcio quanto Jerônimo Brito estão nesta semana em Anápolis fazendo um curso de gestão escolar que é exigência para os que vão se tornar subsecretários. Um dos dois deverá ocupar o cargo, substituindo o interventor.
Enquanto isso o nome da professora Fátima Maria de Jesus (diretora do Núcleo Pedagógico da SER, ficou mais esquecido. Ela chegou a ter boa cotação para o cargo. Fátima tem bom perfil técnico e é ligada a João Campos. Ocorre que o deputado não está conseguindo promover a volta de Jerônimo Brito, nem de indicar outra pessoa do seu grupo. Os que são ligados ao deputado em Iporá são basicamente pessoas da Igreja Assembleia de Deus. Entre Campos e o grupo de Naçoitan Leite parece haver grande distanciamento.
Relembrando
Jerônimo Brito foi exonerado do cargo a pedido de tucanos assim que apareceu em audiência e foto na imprensa junto com vereadores de oposição. Esse foi motivo estritamente político para o demitirem.
Na Secretaria Estadual de Educação, tendo a frente a professora Raquel Teixeira, há aspiração para que as pessoas ocupantes de cargos tenham somente perfis técnicos, sem atrelamentos políticos. Se isso, prevalecesse o interventor Honorival Fagundes passaria a ter chances de continuar na função. Ele tem gostado de residir em Iporá, de atuar no órgão e de mostrar sua ação de gestor.
Vamos aguardar os fatos e ver quem ganha essa queda de braço.