A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (29) um crédito internacional que promete injetar fôlego na economia brasileira, especialmente para pequenos e médios empreendedores. A operação, no valor de 30 bilhões de ienes, cerca de R$ 1,165 bilhão, será realizada pelo BNDES com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e conta com garantia da União.
O relator da proposta foi o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que articulou o apoio à medida e destacou o impacto direto que os recursos terão sobre micro, pequenas e médias empresas, com atenção especial ao setor de saúde. “É um empréstimo que vem ajudar o nosso BNDES e as nossas empresas”, afirmou o senador.
O crédito, com jutos próximos de zero, vem selar os 140 anos de parceria entre Brasil e Japão. Para o senador Vanderlan, isso fortalece ainda mais os laços entre as duas nações. “Nós já temos um histórico positivo de parcerias com o Japão e, agora, esse crédito solidifica ainda mais esse laço de amizade e cooperação”, explicou o parlamentar.
Antes da votação, o senador recebeu em seu gabinete os representantes da Japan International Cooperation Agency , JICA Brasil, Aoki Issei (representante sênior), Akihiro Miyazaki (chefe da representação), Eri Taniguchi (coordenadora geral de projetos) e Caroline Tomo (coordenadora de projetos), que detalharam o escopo da cooperação internacional. Também participaram da articulação representantes do BNDES, incluindo Vivian Machado (chefe do departamento de captação) e Anna Carolina (chefe do departamento de relações com o governo), que ressaltaram a relevância do crédito para a recuperação econômica do país.
O financiamento faz parte do Projeto de Apoio Emergencial em Resposta à Crise de Covid-19, com foco na reestruturação de setores atingidos pela pandemia e que ainda não conseguiram se restabelecer. Os recursos serão usados para fortalecer a cadeia produtiva da saúde, apoiar fornecedores de insumos médicos e, principalmente, garantir crédito para micro e pequenas empresas, consideradas o motor da geração de empregos no país.
As condições do empréstimo são favoráveis, com taxa de juros de 0,01% ao ano, prazo total de pagamento de até 180 meses e carência de quatro anos para o início dos pagamentos.
Agora, o texto segue para votação no plenário do Senado, com requerimento de urgência, o que pode acelerar a liberação dos recursos. A expectativa é que a aprovação final ocorra já nos próximos dias.
