Pré-candidato à prefeitura da capital, Vanderlan foi sabatinado por diretores do Conselho Regional de Engenharia
O senador Vanderlan Cardoso (PSD), pré-candidato à prefeitura de Goiânia, participou de sabatina organizada pelo Conselho Regional de Engenharia, CREA-GO, na manhã desta sexta-feira, 07, na sede do órgão. O objetivo foi responder perguntas referente à problemas que Goiânia enfrenta atualmente, em áreas ligadas à engenharia e meio ambiente, e que não estão sendo solucionados pela atual administração.
Vanderlan não poupou críticas à atual gestão da prefeitura e afirmou que, caso seja eleito, Goiânia terá mudanças na forma que é administrada.
O pré-candidato chegou acompanhado do deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), do deputado estadual Cairo Salim (PSD), do suplente de deputado federal Felipe Cecílio (MDB) e da ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Sucena Hummel. O grupo foi recepcionado pelo presidente do órgão, o engenheiro Lamartine Moreira, e por um grande número de diretores. A sabatina ocorreu no auditório da instituição.
Vanderlan começou sua fala contando que nas eleições passadas apresentou projetos para solucionar diversos problemas da cidade e que, durante a campanha, todos foram copiados pelos adversários, mas nenhum foi realizado. “Durante a campanha as nossas propostas foram copiadas, mas nenhuma foi colocada em prática. Então, se formos perguntar quais são os problemas de Goiânia hoje são praticamente os mesmos de 2016 e 2020, pois não resolveram o que tinham que se resolver. Então, agora, nós vamos revisar e aperfeiçoar essas propostas para solucionar esses problemas”, disse.
O primeiro questionamento em que Vanderlan foi submetido diz respeito ao problema que Goiânia enfrenta com a crise do lixo, que se arrasta a anos sem solução. Vanderlan foi duro ao dizer que falta gestão na prefeitura, condenando, inclusive, a falta de apoio à catadores de materiais recicláveis. “Eles não têm um planejamento, a gente está vendo esse vai e vem na terceirização da coleta do lixo, e nada se resolve. Os 7 mil funcionários da Comurg, por exemplo, estão largados, sem saber o que vai acontecer com eles. Enquanto isso, por um lado a cidade está cheia de lixo e do outro temos inúmeras cooperativas de materiais recicláveis, que poderiam receber investimentos para aprimorar ainda mais seu trabalho, mas nada é feito também. Só aí já se daria uma solução ecologicamente sustentável para 30% do lixo”, comentou.
O pré-candidato também foi questionado sobre o problema com os alagamentos. Goiânia já apresenta vários pontos da cidade que não suportam mais o volume de chuva e ruas estão ficando alagadas. A previsão de especialistas é que Goiânia pode entrar em situação de calamidade nos próximos anos se nenhuma medida for tomada.
Vanderlan voltou a criticar a falta de planejamento e a ausência de projetos eficientes de drenagem. “Quando você vai buscar a história, as galerias (pluviais) foram feitas a quantos anos? A cidade não tinha essa impermeabilidade que tem hoje. Então é fácil (a prefeitura) ir lá buscar financiamento para fazer recapeamento, fica bonito, mas resolve o problema? Não! Enquanto não tiver alguém para olhar as galerias, colocar a bitola adequada e dar prioridades (para a drenagem), vai continuar assim, e aí vem os desastres. E a gente precisa de vocês (engenheiros), pois essa é a área de vocês, que podem nos ajudar muito com isso. Mas em Goiânia só se faz obra quando se vai buscar dinheiro fora. Só vai se endividando cada vez mais, sem planejamento nenhum”, critica.