Começou de manhã e só terminou às 21 horas o julgamento de Luciano Batista de Oliveira, o Pajé, um borracheiro de Iporá que assassinou a esposa. A sentença proferida o condenou a 20 anos de regime fechado e mais dois anos por ter simulado o suicídio da vítima. Sua esposa era Daniele Jardim Santana de Almeida. O fato se deu em 19 de março de 2012 e repercutiu muito em Iporá. Pajé esteve sentado no banco dos réus e contou na defesa com o advogado Palmestron Francisco Cabral. O promotor Vinicius Borges atuou na condenação. O juiz João Geraldo Machado presidiu a sessão de julgamento. O advogado diz que vai recorrer da sentença no Tribunal de Justiça para diminuir a pena, alegando que Pajé é réu primário e tem bom comportamento social.
O fato
Luciano Batista Almeida, o Pajé, borracheiro em Iporá, a princípio, avisou que a esposa tinha suicidado. Daniele Jardim Santana, de 24 anos, foi encontrada morta por asfixia nesta madrugada em sua residência, no local conhecido como Pesgue Pague São Jorge (próximo ao Lago).
A morte foi apresentada para a polícia pelo marido Luciano Batista Almeida, de 32 anos, como se fosse suicídio, mas as investigações da Polícia nunca descartaram a possibilidade de homicídio. Em razão disso, Luciano, conhecido como Pajé da Borracharia, foi recolhido ao presídio até que fossem concluídas as investigações.
Pajé foi ouvido na Delegacia de Polícia. Dois fatores que chamaram a atenção foram: havia dois sinais de enforcamento no pescoço da vítima, um mais embaixo e outro no alto, próximo ao maxilar. Isso significou que ele asfixiou a esposa no sinal inferior, enquanto que o sinal de cima foi o da simulação.