A levar em conta o ritmo em que a vazão de água diminui no córrego Santo Antônio, manancial que abastece a cidade de Iporá, evidencia-se a constatação de que poderá haver realmente falta dágua no final do período de estiagem, véspera da nova temporada de chuvas. Ontem, terça-feira, 7, foi feita mais uma medição, quando foi verificado que a vazão atual em sua totalidade é de 205,9 litros por segundo. Em 3 de julho (há 34 dias atrás), a vazão era de 381,40 litros por segundo.
Não há dados do ano passado para que seja feita uma comparação com mesmo período de 2017. A prática de medição mensal ficou sem ser feita por algum tempo. Foi retomada a partir de abril deste ano, feita pela Saneago, com a presença da imprensa e de representantes da comunidade, especialmente dos mais preocupados com o assunto. Estiveram na medição de ontem representantes da UEG (diretor Saulo e professor Valdir), secretário municipal de meio ambiente (Alexandre Teixeira Lopes) e sua equipe, servidor da Secima (Dérick Martins), presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Marcelo Siqueira) e quatro vereadores de Iporá: Didi Coutinho, Carmo Freitas, Eurides Laurindo e Marinho da Mata.
Os que acompanharam João José Gomes (diretor regional da Saneago) a fazer a medição, constataram ainda outros números sobre a vazão. Estes atuais 205,9 litros por segundo significam também 3 centímetros a menos na lâmina dágua em relação a última medição. Há uma vazão captada de 110 litros por segundo e vazão captada em metros cúbicos por hora na medida de 395. A vazão total em metros cúbicos por hora é de 741,24.
Profissionais de imprensa e vereadores presentes no ato de medição ouviram de representantes do serviço público o que está sendo feito sobre o assunto. Alexandre Teixeira Lopes, secretário de meio ambiente em Iporá, voltou a falar sobre o planejamento que está sendo feito para ações que não incorram em erros, tais como já houveram no passado. Para ele, ações mais enérgicas dentro da bacia do córrego Santo Antônio não podem acontecer sem a legalidade e um aprimoramento técnico sobre o assunto. Ele fala sobre a criação nestes próximos dias do Comitê Municipal de Gestão de Recursos Hídricos e sobre um compartilhamento de atribuições para segmentos da comunidade iporaense.
Os vereadores falaram em necessidade de ações mais eficazes. Para o vereador Marinho da Mata, por exemplo, o secretário tem boa intenção, mas é preciso que o prefeito permita ações mais arrojadas e rápidas.
João José Gomes Dias, diretor regional da Saneago, tem dito que as ações de agora não darão um resultado imediato e que é preciso perseverar em trabalho contínuo de recuperação ambiental da bacia do córrego que abastece a cidade.
Voltaremos a esse assunto.