O Morro do Macaco é uma das últimas grandes áreas naturais do município de Iporá e possui uma biodiversidade pouco conhecida. Para alterar essa realidade, alguns estudos científicos foram realizados na área ao longo da década de 2010, graças a biólogos da Universidade Estadual de Goiás – Unidades Universitárias de Iporá e Ipameri, Instituto de Botânica de São Paulo e Instituto Federal Goiano Campus Iporá.
Em relação à fauna, foram registradas 23 espécies de mamíferos e 103 espécies de aves silvestres. Desse total, cinco espécies de mamíferos (Tamanduá-bandeira, Raposinha-do-campo, Queixada, Suçuarana e Jaguatirica) e três espécies de aves (Tucano-de-bico-preto, Arara-azul-grande e Jandaia-de-testa-vermelha) são ameaçadas de extinção. também foram encontradas duas espécies de aves que só existem no Cerrado: Chorozinho-de-bico-comprido, Gralha-do-campo e Batuqueiro).
Diferente da fauna, a flora nativa do Morro do Macaco é muito mais diversificada e pouco conhecida, sendo que o processo de identificação das plantas levará alguns anos para ser concluído. Já foram identificadas 37 espécies de briófitas, 5 de samambaias e até o momento, 44 espécies de Angiospermas, grupo de plantas formado por ervas, arbustos, trepadeiras, gramíneas, orquídeas cipós e árvores. Algumas espécies são encontradas apenas no Cerrado ou estão ameaçadas de extinção.
Os estudos já realizados permitiram identificar uma espécie vegetal que, até o momento só existe no Morro do Macaco e em nenhum outro local do planeta. Ela não possui nome popular, apenas científico: Archidium oblongifolium.
Essas pesquisas revelaram o quanto o Morro do Macaco, patrimônio natural dos iporaenses, é rico em biodiversidade, sendo que, provavelmente, ainda há muitas espécies para se conhecer. Por isso, é muito importante que a população tenha conhecimento sobre esses estudos realizados em Iporá e que defendam a proteção do Morro do Macaco e de outras áreas de Cerrado ainda existentes no município.
Para conhecer os estudos já publicados, é só acessar os links:
http://revistas.unisinos.br/index.php/neotropical/article/viewFile/nbc.2016.113.03/5626