O vereador Paulo Alves fez na noite de ontem, segunda-feira, 23, uma importante reunião, em residência do senhor Joaquim Pires, morador das proximidades da barragem de captação de água para tratamento e distribuição em Iporá.
Foi mais uma reunião dentro desta ação de aperfeiçoamento do Projeto de Lei 29/2017 que será aprovado para ações do poder público na bacia do Santo Antônio. Da reunião participaram também representantes da UEG e da Saneago.
Preservando identidades de presentes, transcrevemos falas a respeito da crise hídrica e do que precisa ser feito, com urgência:
O POVO FALA SOBRE O PROBLEMA:
“Temos a proposta de nos juntar para fazer o trabalho para reflorestar, fazer a plantação de árvores”.
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“Nós ribeirinhos, nós proprietários preservamos, o problema da zona rural é quem arrenda a terra e não preserva. A fiscalização tem que ser intensificada e agendada, pois pode acontecer de pessoas passar por fiscal e roubar a propriedade, e que deve ter um trabalho educativo para todos os envolvidos e que eles reflorestem a fazenda deles”.
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“As pessoas estão culpando os ribeirinhos pela destruição do córrego, sendo que a maioria tentaram reflorestar. Proponho cercar as margens dos rios. A escola levou mudas que não serve para reflorestamento. Disse que a ação é de todos e que a fiscalização reclamou que as mudas não nasceram e ofendeu os ribeirinhos. Disse que escolas estão com projetos de hortas comunitárias e perguntou de onde vão tirar a água para essa horta? Tem autorização para isso?”
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“Reclamo que a Celg cortou as árvores por causa da rede elétrica”.
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“Duas nascentes Santo Antonio e cachoeirinha, tudo que foi para reflorestar foi feito. Cercaram as margens e gostaria da visita de técnico e que mesmo assim o rio está ficando seco. Precisa de ajuda do poder público para fazer um trabalho educativo com os ribeirinhos e que precisa de recursos”.
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“Existem várias ações para reflorestamento, recuperação das margens e que precisa das mudas nativas”.
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“Plantei e reguei mas não deu certo. A proposta para ajudar no reflorestamento é que a Saneago precisa colaborar com os ribeirinhos. É preciso fazer reflorestamento com especialistas para origem no reflorestamento”.
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“O poder público fez a estrada, reprezou a água do ribeirão e acabou com o rio”.
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“O poder público precisa assumir sua responsabilidade e fazer parceria com os ribeirinhos. A Saneago não fez nada, e tratou o rio Santo Antonio muito mal. Não fez nenhum trabalho para preservar o rio. Fazer parceria com os moradores para reflorestar na beira do rio Santo Antonio e tem que plantar sementes”.
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“A Saneago fez o alerta em 2003 pela escassez de água e na época não teve apoio do poder publico executivo e legislativo. A sugestão é que todos os segmentos tem que participar na preservação: sindicato rural, emater, igrejas, escolas, segurança pública… O município tem receita da Saneago. A mata ajuda na qualidade da água e tem que ter interesse coletivo”.
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“Há o desperdício de água usado nas construções civis”.
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“Tem que limpar e tirar terra do rio”.
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“Houve várias ações, rio foi explorado, rio está assoreando, chuva está levando terra e areia da estrada para o rio quando chove, tem que levantar a estrada e fazer um desvio de água. Fez reflorestamento em uma ação dos moradores. É preciso orientação sobre mudas corretas. Por falta de árvores o rio está sumindo. Precisa ativar um conjunto de órgãos envolvidos na ação de reflorestamento para recuperar o rio e as nascentes. Há vários problemas, um deles também é o lixo que desce do rio Pindaíba, e ação de ver envolver o cidadão urbano na ação educativa”.
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“Tem que cercar os afluentes que cai no rio Santo Antonio para preservar as nascentes”.
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“Uma ação concreta foi feita com a fiscalização: desvio da água em fazendas”.
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“Com o patrolamento de estrada na vila Brasília uma nascente desapareceu”.
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“Todos tem que participar, as estradas tem que ser recuperadas, e quem vai financiar o projeto”.
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“Em responsabilidade ambiental o Instituto Federal vai assumir a sua parcela para realizar a recuperação. Podemos fazer atividade com alunos para trabalhar a conscientização e a proposta que deve haver aceitação nas mudanças. Trabalho educativo no consumo de água (Programa Mulheres 1000). É preciso fazer o trabalho educativo com todas as nascentes (180 total). Fazer técnica para conter a água para as nascentes”.
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“A exploração da água pela Saneago é responsabilidade da concessão da prefeitura. Projeto que autoriza a prefeitura fazer gastos com as bacias. A Saneago repassa 5% da receita líquida. Percas e despesas – quem irá pagar? Deve-se formar um comitê para recuperar e reflorestar as nascentes. Propôs eleger um representante dos ribeirinhos para defender no projeto”.
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“Há necessidade de integração com a sociedade para elaboração de projetos, fazer o trabalho educativo para resolver o problema da recuperação das nascentes. Deve-se fazer um planejamento técnico”.