Uma visita na tarde de ontem, quinta-feira, 27, à bacia do córrego Santo Antônio demonstrou que o Sindicato Rural de Iporá Diorama e Israelândia está ganhando parceiros importantes na luta por preservação de nascentes e matas ciliares.
Juntaram-se ao grupo a UEG, vereadores eleitos e reeleitos, produtores rurais, Polícia Civil, agrônomos, professores e, principalmente, a contribuição do Ministério Público. Representantes destes segmentos estiveram na visita que foi feita nas margens do córrego Santo Antônio e na nascente do ribeirão Cachoeirinha, que é afluente do Córrego Santo Antônio.
Todos os que fizeram a visita constataram in loco a respeito da necessidade de ações de preservação ambiental na bacia do córrego que abastece a cidade de Iporá através da Saneago. Feita a visita, cada um destes manifestou o interesse de somar parcerias com o Sindicato Rural.
Era ainda o início de setembro deste ano e o Sindicato Rural, através de seu presidente, Adailton Leite, do tesoureiro Nilton Pereira e demais diretores, tomaram esta iniciativa de ações ambientais de urgência nesta bacia. Eles disseram para a reportagem que a última estiagem (de maio a setembro) foi uma das difíceis que o produtor já enfrentou. Muitos animais morreram e pequenos mananciais secaram, bem como algumas represas. Com a falta de pastagens e de água, essas mortes trouxeram muitos prejuízos para os produtores rurais.
Tudo isso motivou o Sindicato Rural à esta iniciativa. Aos que agora se juntaram ao trabalho de plantio de mudas, o Sindicato ainda espera que muitos outros também se disponham a cooperar com essa luta ambiental. De imediato, foi escolhida a bacia do córrego Santo Antônio em razão do abastecimento de água tratada para a população da cidade. “Se nada for feito, daqui alguns anos, o córrego Santo Antônio não conseguirá abastecer Iporá”, afirmou para esta reportagem Adailton Leite, presidente do Sindicato Rural.
Além desta, é meta da entidade estender esse trabalho de conscientização para outras bacias dos municípios. O que se pretende é o máximo possível de plantio de mudas nas margens do córrego e, principalmente, nas nascentes. Em setembro passado teve o primeiro plantio. Nesta quinta-feira, 27, foi feita a visita de várias pessoas e entidades ao local, objetivando demonstrar a necessidade das ações e um planejamento quanto a revegetação futura. Na nascente do ribeirão cachoeirinha, diante de profissionais da imprensa, vários dos presentes fizeram uso da palavra, demonstrando a sua disposição de contribuir com essa luta.
Os que agora se juntam como parceiros estão esperando mudas da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) e da Cooperativa Agroindustrial do Sudoeste Goiano (Comigo). De posse das mudas, mutirões serão programados, inclusive, com participação de alunos de escolas da cidade.
Nilton Pereira, tesoureiro do Sindicato, disse para a reportagem do OG que uma preocupação é com a conscientização dos produtores rurais que são ribeirinhos, para que façam cercas que impeçam o gado de danificar as margens do rio e as nascentes. Nilton Pereira afirma que o Sindicato não tem autonomia e nem recursos financeiros para fazer estas cercas e, com isso, o que se espera é de que cada produtor cumpra a sua parte, a fim de que o córrego e as nascentes recuperem o volume de água. A cada ano ocorrem os assoreamentos e a vazão do córrego Santo Antônio e de outros mananciais estão diminuindo e trazendo preocupação para a comunidade.
