Na bacia do córrego Santo Antônio, manancial que abastece a cidade, já se percebe que os donos de sítios estão repensando suas práticas irregulares com relação ao uso da água do leito do córrego e de seus afluentes.
A constatação é de Jairo Caetano de Almeida, engenheiro civil que desde 2002 trabalha na regional da Saneago e que é conhecedor da bacia e das práticas que são prejudiciais para a vazão de água que chega a barragem de captação.
Esse decréscimo no volume de água abalou a todos no município de Iporá, quando sentiram torneiras vazias em muitas casas da cidade. Um sentimento de necessidade de mudança de atitude afetou a todos e, em sítios da bacia do córrego Santo Antônio, isso já pode ser observado, com produtores que desativaram atividades que eram ilegais perante a legislação ambiental.
A direção regional da Saneago fala em visitar, cadastrar e agir quanto a ribeirinhos na parte mais alta do córrego que estejam transgredindo na forma de uso de água. Uma ação direta foi feita com três sitiantes das margens do Cachoeirinha, afluente do Santo Antônio que estavam irregularmente usando muita água em atividades econômicas, fator que deu acréscimo de mais 20 litros por segundo na vazão, na altura da barragem. Como efeito dessas ações, o abastecimento de água na cidade de Iporá mostra um certo alívio, operando o sistema com vazão de 90 litros por segundo. Essa captação chegou a ser só de 70 litros por segundo. A cidade está sendo abastecida com certa normalidade.