Vereadores de Iporá fizeram no final da tarde de ontem, terça-feira, 11, uma visita ao lixão de Iporá, local que devia ser um aterro sanitário, mas que está totalmente a receber o lixo da cidade sem o soterramento do mesmo e com montes enormes a céu aberto, odor horrível e até em situação incômoda para os que moram nas proximidades.
Acompanhados por profissionais de imprensa, estiveram no local os vereadores Marinho da Mata, Carmo Freitas Campos, Eder Manoel, Paulo Alves, Eurides Laurindo e Wenio Pirulito. O vereador Aurélio Fábio não foi, mas justificou que não estava lá por motivo de força maior e informou que está solidário ao grupo por ação para reverter a calamitosa situação a que chegou o lixão de Iporá.
Segundo quem acompanha mais de perto o local, a exemplo do vereador Marinho da Mata, o lixão de Iporá nunca esteve tão horrível como agora! Já faz tempo que não se usa máquina para soterrar lixo, restringindo-se a jogar no local o resíduos da cidade, o que já fez montanhas, sobre as quais sobrevoam urubus e insetos.
Nem mais é possível percorrer o lixão de carro, na estrada que antes o cortava ao meio. A via já está interditada de resíduos. E pelo que se vê, resta pouco espaço para lixo. Os caminhões estão colocando os resíduos já nas proximidades do portão de entrada.
Uma vala está sendo aberta nestas proximidades da entrada, de onde se retira terra para ceder as pessoas da cidade. O local poderá servir para jogar lixo, mas depois faltará a terra do lado para fazer o soterramento. “A forma de gerir o lixo de Iporá está completamente errada e não se dá nenhuma atenção ao local”, afirma Marinho da Mata.
Entre os vereadores na visita ao lixão eles diziam de uma iniciativa de relatar ao Ministério Público o que está acontecendo em Iporá para que medidas sejam tomadas no âmbito da Justiça. Falando em nome dos demais, Marinho da Mata afirmou que o que aconteceu no lixão foi uma tragédia anunciada, já que se sabia que ia chegar a esse estado horrível e agora está numa situação difícil para regularizar o local, já que se gastaria inúmeras horas de serviço de máquinas pesadas.
Marinho mostrou aos demais um monte de pneus expostos ao relento e disse que Iporá é cidade que está repleta de mosquito transmissor da Dengue e será preciso uma força tarefa de todos para forçar o prefeito a fazer alguma coisa para acabar com o lixão, transformá-lo em aterro ou, pelo menos, torná-lo suportável. Marinho da Mata mora perto do lixão e diz que é muito cobrado para que fiscalize o prefeito neste sentido. Ele tem falado muito no assunto, mas sente que falta vontade da Prefeitura para resolver o problema. Ele lembra o tempo da gestão do ex-prefeito José Antônio da Silva Sobrinho quando dois dias da semana eram com a presença de máquinas no local para soterramento de lixo. Era nas quarta feiras e nos sábados, dias para cobrir lixo ou abrir valas. Depois disso, as gestões seguintes não tiveram o mesmo cuidado e a situação chegou a um ponto horrível.
A reportagem entrou em contato com o secretário de meio ambiente, Alexandre Teixeira Lopes, a fim de que manifestasse sobre o assunto, informando que medidas estão previstas. Porém, ele ainda não se expressou sobre isso. Aguardamos o seu contato.