O polo da região do Oeste Goiano, é Iporá, ora uma famigerada cidade que já teve seu apogeu, mas que ainda exerce um fascínio interessante. Notem que todo evento agropecuário, cultural, esportivo, tem imediato efeito repercussivo nacional.
Só que o iporaense não sente e não se dá conta desta importância.
E, mais, é por onde passam os peregrinos ao e do oeste brasileiro, que lhe dá uma visibilidade nacional.
Isto permite que o setor de serviços de apoio tenha se fortalecido e se aprimorado tanto, notadamente de oficinas mecânicas, mas que cria uma sensação acomodatícia na população e, por consequência, na combalida e estagnada economia, dificultando-lhe a reerguida ao patamar que lhe é cabe.
Só que, repito e repetirei centenas de vezes, que esta região detém um potencial extraordinário muito pouco aproveitado, em riqueza primária, que não é transformada em bem útil à sua sociedade.
A natureza foi pródiga em recursos naturais, nesta região, e, melhor ainda, permitiu-lhe a interface com os demais recursos humanos e tecnológicos.
Vejam os minerais, como níquel, ouro, diamante, argilas especiais e cerâmicas, areia, dentre outros. E águas abundantes, que permitem múltiplos usos, inclusive a piscicultura em larga escala?. E a energia barata, limpa e renovável tão disponível ? E as cachoeiras e os cenários de extraordinária beleza cênica com seus lagos sequenciados e suas belas serras ladeadas que formatam atrativos à rica indústria do turismo ???.
Associada à positiva imagem, relembro que há também os valiosos recursos e tecnológicos, acadêmicos e até científicos, com escolas técnicas, faculdades e, mais, detém um povo receptivo e trabalhador.
É uma situação, então, difícil de entender, o por quê da letargia financeira continuar sendo uma tônica emperrada, vez que estes recursos naturais, humanos e tecnológicos estão tão evidentes e disponíveis.
Seria, pois, simples constatar que basta entrelaçá-los!!!
Falta estímulo? Falta apetência? Falta competividade conjuntural? Falta arrojo? Falta empreendedorismo? Falta apoio político? Foco coordenador do setor público?
Pode ser isto ou quase nada, mas acredito que pode ser que a dose certa não esteja sendo empregada no aproveitamento adequado e suficiente, para que tais recursos sejam bem aproveitados e serem transformados em riqueza útil em favor do bem estar da sociedade.
E, se, esta tecnologia, os estudos científicos e o ensino estão ou são ministrados adequadamente em consonância aos recursos naturais disponíveis na região?
Para isto que tudo isto seja esclarecido, instrumentalizado e operacionalizado, é necessário haja “ânimus” e responsabilidade de se conceber, ampla discussão e interação com a sociedade, um plano básico definidor de racional e sustentável política desenvolvimentista regional, agregando a iniciativa privada, a sociedade organizada, o estado, a prefeitura, as escolas técnicas, os institutos, as faculdades.
E o mais importante, as respostas e as soluções estão aqui mesmo, com as pessoas daqui mesmo. Basta vontade das lideranças !!!
E, nada melhor, que este um momento de pós tormenta desta pandemia, ou melhor, agora é o momento, para se revisar tudo e criar um novo horizonte, uma nova realidade, para a chegada e saída de Iporá.