Ao referir sobre a educação infantil, faz-se necessário fazer uma abordagem histórica, em relação a legislação educacional, que por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, no art. 29 como primeira etapa da educação básica, reconhecendo a criança sujeito de direito, pois é importante ressaltar que instrumentos legais que balizaram os rumos e garantiram as articulações para que os direitos das crianças sejam respeitados. Ao referir à questão do assistencialismo, na educação infantil, não quer dizer que a criança não necessite ser cuidada, mas que seja plenamente desenvolvida a relação cuidar e educar num mesmo eixo. Esses documentos que dão base para discussão e respaldo para ruptura das características assistencialistas que permeiam as ações educacionais, com intuito de promover a educação infantil como direito da criança.
Cerisara (2002):
“Na passagem das creches para secretarias de educação dos municípios está articulada a compreensão de que as instituições de educação infantil têm por função educar e cuidar de forma indissociável e complementar das crianças de 0 a 6 anos”.
Pois a regulamentação do que determina a legislação vigente, evidenciou-se a necessidade de ofertar qualificação profissional do docente, da educação infantil, a partir dessa mudança o olhar com a criança pequena nas instituições de educação infantil foi ampliado, pois se assumiu o cuidar educar de maneira indissociável, favorecendo desenvolvimento pleno das crianças, pois contribui para desenvolvimento de sua autonomia, capacidades motoras, afetivas e de interação social. Educar é um projeto de longo prazo e inicia na família e depois se dá a iserção ao universo da educação sistematizada, sabe-se que o contato das crianças com os professores, e seus pares transforma essa relação em conhecimento.
De acordo com Vigotski (1991) apresenta o fato de que as crianças iniciam seu aprendizado antes mesmo de entrarem para a escola, justamente o aprendizado dos conceitos espontâneos. O aprendizado e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida dos sujeitos.
A educação infantil tem apresentado aspectos significativos para formação do sujeito ativo no processo que oportuniza o ensino holístico. Sendo que favorece o desenvolvimento de habilidades motoras, melhora o desempenho escolar nas etapas subsequentes, os estímulos recebidos na infância contribuirão de maneira satisfatória na vida adulta. Conforme mostrado no vídeo “os efeitos da educação infantil, da globo news, apresentou que um bom investimento na educação infantil, traz resultados positivos para toda vida, isso sendo refletido até em retorno financeiro, sendo a cada ano de estudo reflete em um ganho até 10% no salário para resto da vida.
É importante ressaltar que o comportamento e as interações é determinada pelas experiências e as condições que elas ocorrem, ou seja a aprendizagem na educação infantil, é concebida num processo de construção compartilhada, em formação do sujeito sócio histórico, sendo que o papel do professor (a) é de atuar no desenvolvimento potencial da criança, para oportunizar a aprendizagem real.
Ao elencar, esses pontos, confirma a importância da educação infantil, com função essencial para proporcionar a autonomia e o desenvolvimento das crianças ao longo da vida escolar, pois o desenvolvimento monitorado auxilia de maneira positiva no desenvolvimento pleno das crianças.
Referências:
CERISARA, A, B. “Educar e cuidar: por onde anda a educação infantil?” Perspectiva, Florianópolis, n.22. Especial, 2002, p.11-22, jul.-dez.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. S. Paulo: Martins Fontes, 1991.
Vídeo Globo Vídeos VIDEO Conheça os efeitos da educação infantil na formação do cidadão. https://www.youtube.com/watch?v=X1bGjuY2lXA