Há governo novo e, por isso, muitas nomeações. São os chefes de órgãos públicos ou assessores que são colocados a frente dos mais diferentes segmentos da lida pública. Em ocasiões como esta vê-se as atenções de muitos despertadas para estes cargos, a busca por eles e, em alguns casos, com ganância e até em outros casos, com ganância desmedida.
A busca por melhores condições para a vida de cada um é algo normal. Todos buscam uma boa oportunidade de trabalho. Isso só é errado se, na relação com o todo, com a sociedade, isso soar desconexo com o interesse maior, o da coletividade, já que somos todos irmãos e nossas aspirações precisam coincidir as do próximo, cabendo aí o exercício do segundo mandamento cristão.
Mas é muito comum na vida e, especialmente no ambiente político-administtrativo, a estrapolação de conduta, a imposição de vontades e, em muitos casos, em desfavor do interesse da comunidade. O mundo político é feito de ganância, de busca em nome de vaidade, holofotes, de honra, de comodidade pessoal e em desconsideração com interesses gerais de um povo.
Em um avanço que é natural na história, fruto da conscientização de cada um, de um sistema mais democrático que distribui um pouco melhor as oportunidades, o Brasil começa a perceber uma valorização do aspecto técnico em exercícios de gestões públicas. Já se pratica isso. O presidente recém empossado adotou isso em algumas nomeações.
Em Goiás, o novo governador, Ronaldo Caiado, parece estar se esforçando para isso, na busca de nomes com perfil técnico, capazes da boa gestão, pessoas que não estão ligadas a partidos, mas que corresponderiam a frente de pastas. Edival Lourenço é exemplo disso. Esse iporaense foi nomeado para secretário de cultura e é apartidário. Não esteve pedindo votos pra ninguém e nem se sabe em quem ele votou para governador.
Há sinal do novo! Felizmente! Em qualquer sociedade, dentro de todos os segmentos: educação, saúde, segurança, economia, etc…, sempre há bons nomes de pessoas que sabem gerir um segmento em nome de avanços do interesse da comunidade. Os governantes, enfim, já começam a atentar a isso, com vontade de que a gestão dê um resultado prático.
Ao longo de toda história o que vimos sempre foi o político eleito nomear um chefe de órgão público em pagamento de favores, atuação em campanha, porque esteve pedindo votos pra ele, porque é parente de líder político que o apoiou e, em muitos casos, aquele que preenche o cargo político não tem o perfil ideal e, em alguns casos, nem é moralmente correto.
Agora é preciso ressaltar também aquilo que o aspecto político tem de positivo. E isso diz respeito a uma proposta de campanha, um compromisso levado ao povo, aprovado em urnas e que precisa ser colocado em prática. Em muitos casos, pessoas engajadas em campanha são também de perfil técnico, conhecedoras dos compromissos dos eleitos e cientes da forma de efetivar isso em uma gestão.
Aquele que tem perfil técnico precisa também estar ciente a respeito do que o mandatário maior, o que é eleito, quer para a comunidade. E se quer é porque é compromisso ungido em urnas e que o povo aprovou. Aquele a ser nomeado precisa, de fato, defender as bandeiras de luta aprovadas nas urnas. Dessa forma, compatibiliza-se o perfil técnico com o político.
Que seja assim em Goiás para todas as áreas da vida pública. O povo goiano merece o melhor e que a História, nesse degrau de mais quatro anos, faça prevalecer as melhorias de serviços públicos.