Uma foto, um comentário ou um vídeo na era do Facebook e do WhatsApp Messenger. Nas redes sociais circulam uma série de imagens e vídeos capazes de levantar debates e causar polêmicas entre seus usuários. Contudo, uma coisa tem me chamado muito a atenção: a falta de limites que certas pessoas têm demonstrado nas redes sociais. Muitos agem como se a internet ainda fosse a terra de ninguém ou a casa da mãe Joana, usando a liberdade de expressão de uma forma totalmente desagradável, desrespeitosa e perigosa.
Pessoas usando seus perfis em redes sociais para postar fotos de crimes brutais e acidentes trágicos, colocando as vítimas em exposição e até mesmo os familiares, no mínimo uma enorme falta de respeito. Não da para entender a frieza dessas pessoas em compartilhar um momento triste como esse em uma rede social. As pessoas precisam aprender mais a usar as redes sociais. Os proprietários desses perfis deveriam fazer algo, se colocar no lugar de um familiar ou vítima de um acidente ou crime, essa pessoa gostaria de ser exposta de tal maneira? acho que não.
Desde 2009, quando criamos o Folha de Caiapônia, registramos várias tragédias em nossa região, algumas até de repercussão nacional, como o acidente do helicóptero da Polícia Civil de Goiás em 8 de maio de 2012. Em nenhum momento fotografamos pessoas acidentadas ou mortas, concordo que parte da imprensa usa e abusa desse material constrangedor na internet para atrair mais visitantes em suas páginas de web, considero essa prática um aproveitamento da desgraça alheia, falta de ética profissional e sensacionalismo. Há público para tudo, inclusive para a desgraça alheia.
Dias atrás foi postada uma foto de um fato que aconteceu em Caiapônia no Facebook, percebi que 90% das pessoas que comentaram a publicação, fizeram críticas ao usuário por postar a imagem, após isso a foto foi excluída. Muitas vezes em acidentes ou crimes às pessoas que estão com modernos celulares ficam buscando o melhor ângulo das pessoas mortas e feridas.
Outro fato, uma história já vista muitas vezes: um casal se separa e, tempos depois, um dos dois divulga fotos ou vídeos do parceiro ou da parceira em momentos íntimos, com o objetivo de ferir a moral da outra parte. Essa prática, ainda que condenável, se tornou tão frequente que ganhou até nome, “pornografia de vingança”.
Pra finalizar esse artigo pergunto, até onde vai a falta de respeito na web?
