Eu, Divino Gonçalves, conhecido por Divino Bundinha, acabei de tomar uma decisão irrevogável. Desde que houve a eleição municipal passada, eu tinha dito para mim mesmo que no próximo pleito, em 2016, eu seria um candidato a vereador em Iporá, uma cidade onde nasci, cresci e onde, graças a Deus, sempre tive só amizades e onde criei minha família e de onde nunca pretendo sair.
Eu estava certo de que com meu histórico de vida, minha família numerosa, meus inúmeros amigos e com as idéias que tenho, eu seria muito bem sucedido nesta minha candidatura. Estava certo disso. Certo também de que poderia, se eleito vereador, fazer um grande trabalho em prol do povo de minha cidade. Tenho 35 anos de atuação como funcionário público estadual. Sou de família de políticos. Já tivemos, de nossa família um prefeito (Pedro Gonçalves Filho, o Dico), um vice-prefeito (Danilo Gonçalves) e um vereador (Catarino). Temos a política no sangue. Essa seria uma atividade da qual estamos acostumados a conviver.
Eu cheguei até a anunciar para todos da minha família e para grande parte dos meus amigos sobre a minha intenção eleitoral. Foi então que veio uma grande mudança na minha forma de ver a política e, inclusive, no âmbito local. Nunca fui um inocente de achar que a prática política fosse das mais belas. Sei que este é um mundo de muitos erros. Mas pensava que ainda pudesse existir uma forma de mudança. Esse foi meu engano. A política, descobri agora recentemente, é bem pior do que eu pensava.
Eu não vou aqui, neste artigo, entrar em detalhes sobre a política local. Posso ferir alguém, até mesmo pessoas do meu círculo de amizades. Vi ultimamente coisas horríveis. Sempre tive meios de me informar bem sobre os bastidores do mundo administrativo. E sei de coisas que realmente desencorajam a gente de entrar para uma disputa eleitoral. Para aqueles com quem eu tiver a oportunidade de conversar pessoalmente, posso dar informações mais detalhadas sobre o que vivi e sei. Portanto, aproveito este espaço para agradecer aqueles que já tinham me manifestado apoio moral e financeiro. Fico grato. Percebi que tenho verdadeiros amigos. Mas reafirmo: nessa podridão da política eu não entro.