Após vinte e poucos anos militando na cultura do oeste goiano, ao final de abril, fui convidado a comparecer na Mansão Verde, onde ocorria um festival de música regional, para juntos de outros militantes desse segmento, ser agraciado com o prêmio de colaborador e incentivador da cultura em nossa meso região. No palco, vi desfilar de Tião Carreiro e Pardinho até Ana Carolina, na voz e interpretação de gratas revelações daquele certame. Apenas revelações, uma vez que nossa região não costuma apostar em movimentos culturais, não produz votos nas urnas, então fica de lado, a revelia do processo de “crescimento” da região. Em rodas de amigos e batendo longos papos, ali estavam Valdevi, Francis, Valdeci Marques, Antônio Goeldes e Maiza, pessoas que tanto quanto outras que não foram mencionadas colaboraram, viveram e doaram sem receber nada em troca.
Ao final daquele evento, sobrou a conta para os três mosqueteiros, Miltinho Junior, Tássio (?) e Liz Dalenogari, e vão pagar. E como Iporá, digo (poder publico ) por várias vezes, por não incentivarem, enterrou seus talentos, seja com terra ou simplesmente exportando para darem fruto em outro lugar, que o digam KLEBER MORAES, PIO VARGAS, NOILDO MIGUEL, RUI JUNIOR, EDIVAL LOURENÇO, ALINE GALDINO, CARLOS WILIAN, ETC.. ETC.. ETC.., os três aqui enterrados na realização deste evento, vão renascer em outro lugar e produzir a mil por um. Tudo é profecia, e cumpre Antonio Goelde que já dissera: VOU VOLTAR PRO MEU RECANTO, TUDO AQUI FICOU LÁ, LÁ, ESTA ESTRADA QUE ME TROUXE DE VOLTA VAI ME LEVAR. Parafraseando Cartola, eu digo: BATE OUTRA VEZ COM CERTEZA O MEU CORAÇÃO, POIS JÁ VAI TERMINANDO O VERÃO…Enfim, É PRIMAVERA NO MEU CORAÇÃO E EU NEM QUERO SABER SE SOFRI. Em resumo: fazer cultura em Iporá e região não está sendo fácil.