Podemos observar nas praças e ruas de nossas cidades uma diversidade muito grande de espécies de árvores plantadas sem qualquer planejamento. Ao longo do tempo achava-se que era suficiente somente o plantio de árvores aleatoriamente.
Porém com o aprimoramento de técnicas inovadoras no cultivo de espécies que trazem impacto ambiental menor, através da observação da qualidade apresentada na purificação do ar, além de menor impacto com relação às redes elétricas e telefônicas e em alguns casos ameaçando até mesmo nas redes de água e esgoto através de suas raízes. É necessário observar a classificação na hora da escolha das espécies, sobretudo com relação à produção de resíduos através dos frutos, folhas e bem como o porte.
Abaixo verificamos algumas espécies muito utilizadas, que hoje causam certos transtornos:
Sete-Copas (Terminalia catappa) – No passado muito utilizada por ter um potencial de suas copas, gerando enorme sombreamento. Entretanto observou-se que a mesma atinge muito facilmente redes telefônicas e elétricas, sem contar com a geração de resíduos orgânicos por causa da grande quantidade de folhas, o que eleva o custo da limpeza, além de propiciar risco de entupimento das galerias pluviais.
Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) – A exemplo da Sete-Copas, era muito utilizada também em áreas urbanas , mas por ser da mesma forma uma árvore de grande porte, e suas folhas muito pequenas, quando plantada em locais gramados, o resíduo gerado provoca a morte da grama, devido ao processo de decomposição da matéria orgânica, além da dificuldade no processo de limpeza das ruas.
Jamelão (Syzygium jambolanum DC) – Utilizada na arborização de ruas e praças por ser de porte médio e de fácil manejo, muito resistente ao período de seca, seus frutos são muito apreciados por pássaros e animais de pequeno porte. A mesma vem sendo exterminada e não mais utilizada na arborização urbana, devido aos problemas apresentados em vias de grande movimento. Na época do amadurecimento dos seus frutos, causa inúmeros acidentes que podem ser fatais.
Árvores Frutíferas: Podemos verificar em várias ruas e praças ainda uma grande quantidade abacateiros, mangueiras, cajaranas, cajueiros entre outras. Essas espécies eram utilizadas pensando na vantagem do aproveitamento dos seus frutos para consumo tanto humano quanto animais silvestres. Sendo plantadas principalmente em praças e ilhas centrais largas e longe das redes elétricas e telefônicas, as mesmas ainda podem preservar essas vantagens desde que seja de forma controlada.
Espécies mais utilizadas atualmente:
Quaresmeira (Tibouchina granulosa)
Palmeiras (Arecaceae)
Mussaenda (Mussaenda erythrophylla)
Pata de Vaca (Bauhinia forficata)
Oiti (Licania tomentosa)
Ipê Caraiba (Tabebuia áurea), entre outras.
Muito utilizadas por apresentarem um porte pequeno, além de não ter frutos e pequena produção de matérias orgânicas, levando em conta a grande variedade de cores através de suas flores proporcionando uma beleza ímpar na época de florada.
Sendo a arborização urbana de grande importância para garantia não só do bem-estar social e beleza do meio urbano, mas principalmente da limpeza e purificação do ar que respiramos, além de outras grandes vantagens, escolher corretamente o tipo de árvores a serem plantadas, evita que elas provoquem não só problemas para a infra-estrutura das cidades – como as redes de água e esgoto, rede elétrica e o calçamento das ruas – principalmente a circulação de pedestres e carros.