Fazer parte da imprensa é um privilégio e aos mesmo tempo uma responsabilidade, é aprender sempre, com todos e com tudo, é contar a história, dia após dia, é fazer história, é buscar contribuir para que este mundo seja melhor para todos, é esquecer-se de si mesmo e pensar no outro. Com essa minha opinião faço memória ao grande amigo saudoso Noildo Miguel, com quem convivi desde o início de minha carreira de 28 anos, e acredito que ele viveu sempre assim.
Quem atua no jornalismo sabe que por trás de cada profissional existe uma linha editorial, uma empresa, um grupo que dá o tom da notícia e que faz transparecer uma opinião, faz crescer uma ideia e que sugere aos leitores, ouvintes, telespectadores, internautas e outros uma tendência de pensamento e de ação. São formadores de opinião.
O profissional de imprensa , numa sociedade democrática, tem acesso a diversos lugares, a pessoas e a documentos é um sujeito que adquire confiança, se torna um confessor e conselheiro, e com isso tem uma visão panorâmica do mundo a sua volta, mas não é juiz, não é justiceiro, não é o dono da verdade mas carrega sobre si o peso, a responsabilidade de propiciar as pessoas um olhar e um agir no mundo com consciência e sem a inocência de uma criança que acredita em tudo o que lhe conta. O profissional de imprensa deve ser ético, profissional e trabalhar sempre com respeito às diferenças de opinião, de opção de vida.
Em 30 de abril de 2009 o Supremo Tribunal Federal revogou, por 7 votos a 4, a lei 5.250, de 1967 que cerceava a imprensa no período da ditadura iniciada em 1964, agora não há legislação que impeça a imprensa de noticiar, comentar, criticar e denunciar qualquer ato considerado de interesse público, mas também não dá direito a ela de ser sensacionalista, de não respeitar a liberdade do outro. Isso dá mais importância ao papel da imprensa, que deve buscar pautar-se pela verdade sem distinção.
Minha atuação na imprensa em Iporá teve início em abril de 1987, como rádio escuta, numa época sem computadores, sem internet, o fax era a tecnologia mais avançada. Desde então se vão 28 anos convivendo e aprendendo com o dia a dia da notícia, não só local, mas também se ocupando de assunto nacionais e internacionais. É uma leitura aqui outra acolá e percebemos que o mundo muda, as pessoas mudam, as utopias ganham novos ares e se percebe que as ideologias são ferramentas de manobra de alguns líderes para convencer outrem, e se perpetuar no poder.