MARINA – mar de vida que viceja e se esvoeja, na fantasia e no afã de cada manhã…
MARINA – perene poesia, no encanto de cada canto, cada dia…
MARINA – fofura de estrepolia e belezura de balofo, fofo, travesso e avesso capucho de lã;
MARINA – motivo maior de momentos de alegria sã!
MARINA – formosa flor de lã, malandra, travessa, tantã; malandragens que são só suas…
MARINA – motivo de deslizes, no sem juízo de furtivas, inventivas fugas para o mundo hostil das ruas;
MARINA – motivo de minhas manhãs mais felizes nos deslizes de traquinagens, travessuras mil…
MARINA – encanto de cada cômodo, cada canto debaixo de um céu só de anil…
MARINA – momentos mágicos, mementos de ternura e calma;
MARINA – beleza de bondade, felicidade e lealdade que inspira minha alma;
MARINA – motor de minha lira, na singela simplicidade, tão caipira!
MARINA – que é só recordação ao abrir-se o portão na chegada e na saída de cada dia…
MARINA – menina marota, tonta, travessa, pronta de tanta traquinagem; na doidice de driblar a minha guarda e ir-se para a rua…
MARINA – mimo de amor, saudade que dói, presença que continua no coração;
MARINA – motivo de saudade que arde no peito, no sem-jeito da separação…
MARINA – novelo de lã, vela viva que vela a manhã de meu viver sem vida, depois do instante cruciante da partida…
MARINA – mar de amores, encanto que encanta a amplidão de um céu canino e de criança, repleto de alegria, poesia, paz e esperança.
MARINA – como é bom recordar e guardar pra eternidade, no baú da saudade, um céu feito de osso e simpatia que foi só seu um dia!…