Eu que vim para Iporá sem conhecer ninguém, a não ser um ex-colega de curso técnico, o vereador e professor Amado José Ferreira, de família ilustre aqui na terra, filho do pioneiro Chico Ferreira; eu que vim para cá, talvez, por uma determinação do destino, fui muito bem recebido e valorizado pelos nativos, aqui constitui família, edifiquei meu lar, criei meus filhos, sonhei e realizei sonhos e, por gentileza desse povo tão amigo, hospitaleiro e bom, tornei-me cidadão iporaense, por meio de Projeto de Lei da ex-vereadora e educadora Veralúcia Ferreira Pessoa, aprovado pela Câmara Municipal de Iporá; sei quanto esta terra é abençoada e predestinada a um futuro cada vez melhor, principalmente, na mão dos filhos, netos, bisnetos e demais descendentes dos pioneiros do lugar – homens rudes, trabalhadores, de têmpera de aço, verdadeiros bandeirantes – , os quais fincaram os alicerces de uma cidade hoje moderna, que se faz e se refaz a cada dia, com o trabalho de todos, até daqueles que, como eu, vindos de outras plagas, aqui chegaram, foram muito bem recebidos, aqui fincaram suas raízes e se integraram aos descendentes dos pioneiros de Iporá, à força de trabalho da cidade e a faz, a cada dia, uma urbe cada vez melhor, tornando-a um movimentado centro comercial, educacional, de negócios e de prestação de serviços que serve a toda uma vasta região do Oeste Goiano.
Eu que, ao longo dos anos felizes aqui vividos, aprendi a amar, respeitar e admirar esta terra e sua gente, vejo, prezado escritor Valdeci Marques, a importância desse seu livro Tonico que, além de ser muito bem escrito, é um repositório de relembranças de nomes de pioneiros desta urbe que, nos primórdios, com muita determinação, tenacidade e garra, construíram os alicerces de Iporá; e você, escriba de visão, filho da terra, teve a feliz iniciativa de registrar, para a posteridade, fatos e nomes do passado que poderiam ficar esquecidos na memória dos tempos, dando desta maneira, uma importante contribuição à história de nossa cidade; e é por isto que afirmo, em alto e bom tom, que o romance histórico Tonico é um hino de amor a Iporá e sua gente; nele se faz registrar, para a posteridade, nomes e regiões onde foram habitar os casais pioneiros, sempre enaltecendo seus feitos, suas lutas, seu trabalho, sua convivência harmônica no lar, com empregados e vizinhos; você registrou ainda nomes e feitos de líderes políticos, subprefeito, interventor, prefeitos, vereadores, escrivães, líderes religiosos, educadores, comerciantes e comerciários, fazendeiros, peões, tarefeiros, profissionais liberais do passado que, com a força de seus ideais, seu amor ao trabalho e suas realizações, construíram os alicerces de uma cidade, hoje pacata, porém, pujante; nervoso, movimentado centro comercial, educacional, de negócios, e de serviços, cidade que é também destaque na agropecuária; uma cidade palpitante de vida e de oportunidades; uma espécie de capital regional que se supera a cada dia, fadada a continuar sendo a capital da região, cada vez mais forte e mais pujante, se as autoridades e o povo de agora se inspirarem no exemplo de coragem, em empreendedorismo, fé e amor de seus pioneiros!
Tonico, este livro que relembra nomes e fatos importantes do passado de nossa cidade, deve ser lido por todo iporaense que preza esta terra, Tonico é uma joia preciosa, um objeto de pesquisa que enaltece as raízes de nossa urbe, é um livro que deve estar em todos os gabinetes das repartições públicas de Iporá, em todas as bibliotecas das escolas locais, das unidades universitárias, nos balcões do comércio, nas cabeceiras das camas dos lares iporaenses, para ser lido, pesquisado pausadamente, digerido por todos!
Sei que este livro é fruto de um abnegado labor de pesquisa e de trato com pensamentos e palavras, para adequá-lo ao conteúdo e aos objetivos que o autor tinha em mente, quando se propôs a escrevê-lo.
Valdeci, já não me surpreendo mais; pois, a cada livro que escreve, você, se supera como escritor; além de ser um hino a Iporá, o livro Tonico é um fruto de um primoroso trabalho intelectual, na temática, na abordagem dos assuntos e concatenação dos capítulos, no estilo sóbrio e enxuto, até quando você aborda assuntos líricos o faz com parcimônia; porém, em todo o livro, de uma maneira ou de outra, o autor deixa extravasar o seu profundo respeito ao passado de Iporá e seu comprometimento com o que faz e o faz escorreita e sinceramente, sem pieguices e badalações.
Não tenho dúvida de que seu livro será sucesso editorial, por isso e por seu abnegado amor à literatura e ao seu torrão natal, meus sinceros parabéns!
Do amigo e grande admirador de seu trabalho.