Poderá ser boa! Sim. Uma composição com Heb Keller (Republicanos), Viviane Specian (PT), Moises Magalhães (Republicanos) e Dudu da Papelaria (DEM) nos anima. Conhecemos esses aí que citamos como pessoas bastante preparadas. Eles nos parecem mais independentes de líderes políticos e quando se está mais independente de liderança partidária, conecta-se mais com os interesses do povo e isso faz toda uma diferença. Estes são novatos com perfis interessantes.
Mas existem outros novatos. Rangel Pimenta, do PTB, foi a revelação na votação. Tem muita energia para trabalhar e já mostrou isso, como cidadão. Se conseguir ser também independente, pode contribuir com a força do Legislativo.
Do Frederico Big (também do PTB) não sabemos muito. É outro novato, bacharel em Direito. Com essa formação, tem tudo para ser um grande legislador. Quando o Frederico Big foi entrevistado pelo Oeste Goiano, disse algo interessante. Disse que quer um Legislativo independente. Puxa, essa palavra é importante. Ele disse tudo. É o que se precisa. Legislativo INDEPENDENTE. Tomara que o Big lute por isso.
Pouco sabemos do Roni das Águas Claras, do DEM. Não sabemos onde tem atuado na vida, em se tratando de relações sociais e institucionais. É um novato de quem precisamos esperar que esteja em sintonia com o povo. É morador de um bairro periférico que tem muitas necessidades. Tomara que vista a camisa do povo, na defesa desse mesmo povo.
Já falamos dos novatos. Agora, palavras sobre os reeleitos. O Keilo Borges, do PSDB, o mais votado. Serviu o povo, mas não fiscalizou e nem legislou. Tem a boa vontade de servir, mas numa linha equivocada quanto ao verdadeiro papel de vereador. Ficou muito atrelado ao prefeito. Faltou independência.
Samuel Queiroz, do PP, também reeleito, foi mais independente. Teve coragem de ser crítico do prefeito em alguns momentos. É tido como um homem sério.
Eder Manoel (PSDB) aprendeu bem a ganhar eleições. Já vai para o terceiro mandato. É uma boa pessoa, mas precisa ser mais independente, mais fiscal do povo.
Adriano Coutinho, o Didi, do MDB, vai para o quinto mandato, sempre ganhando eleições com o trabalho social que faz. A tarefa de vereador não é essa, mas ele optou por ser assim. Está dando certo pra ele. Mas para a gestão pública em Iporá soma pouco. É um trabalho de varejo serviçal. O próprio Didi já nos disse que a tarefa real de vereador não é essa, mas ele diz que só faz o que consegue fazer.
Wenio Pirulito, do Cidadania, fez muita assistência social, mas usou as forças políticas com vice-governador e deputado federal para ajudar Iporá. Teve coragem de divergir do prefeito. É um lutador.
Mas o reeleito que mais teve coragem de ser crítico do prefeito e ser mais independente foi o Marinho da Mata, do MDB. Corajoso. Teve coragem até de trocar de partido, deixando o conforto do partido do governador por discordar de correligionários. Criticou a mesa diretora da Câmara e tantos outros. Mas fez também assistência social.
Sobre ser independente, crítico e fiscal do povo, vai fazer falta na Câmara o Paulo Alves, do PT. Esse foi o que aprofundou no estudo de documentos, na vigilância das contas públicas e na discussão de todos os problemas de Iporá. Ele foi vereador na medida certa: antenado com interesses do povo.
Mas fica o desafio para os outros. Que se igualem ao Paulo Alves nesta tarefa autêntica de legislar. Ok, Heb? Ok, Viviane? Ok, Moises? Ok, Dudu? Vocês tem condições. Esperamos muito de vocês.
E esperamos de todos demais também. Esperamos que exerçam o verdadeiro papel de vereador: conduta independente, fiscalizadora e na sintonia com os interesses da comunidade.
Vamos deixar de lado os “favorzinhos”, porque isso é coisa da Secretaria Municipal de Assistência Social. Vereador é eleito para votar o orçamento, legislar e fiscalizar. Vale também usar das relações externas que cada um tem e pensar grande, trazer recursos de emendas orçamentárias para Iporá.
E preciso finalizar esse artigo dizendo que paira sobre essa Câmara eleita uma expectativa extra! Como há uma indefinição com a eleição de prefeito em Iporá, um desses de quem falamos pode sentar na cadeira de prefeito por meses. Sim. Se a eleição de prefeito for anulada, em primeiro de janeiro sai da Câmara aquele que fará uma gestão interina. Quem for eleito presidente da Câmara, se torna prefeito. E com isso a disputa entre eles pode passar por essa possibilidade, o que faria esquentar o clima.
Nessa hora vai se saber quem são os mais gananciosos de poder e ser possível saber quem é capaz de negociatas, capaz de um toma lá dá cá… Isso pode ocorrer e não seria saudável. Negociatas podem vazar para o público. E podem também não vazar, ficando só em bastidores.
Mas vamos acreditar no melhor de todos os cenários: que quem será eleito presidente da Câmara será aquele tido entre eles como o de melhor conduta moral, pessoa de bom diálogo e para a qual haja conversão de forças e que seja um eleito com boa capacidade de gestão pública. Se for assim, excelente. Boa sorte para todos vocês, vereadores e vereadoras. Boa sorte para a Iporá de 2021/2024.