Como diria Boris Casoy, “é uma vergonha!”. Sim. Uma grande vergonha o que vemos em Iporá, nas calçadas, nas ilhas das avenidas e no meio das praças. Nesses últimos anos, esses locais foram invadidos e entupidos por mercadorias, pontos de moto-taxis, vendedores, pontos de caldo de cana, chaveiros, bugigangueiros e outros tipos de atividades. Tem até aqueles que fizeram pequenas construções nestes locais! Tem os que estacionam veículos para vendas de frutas, de móveis, de cofres. Uma vergonha!
Vale dizer que, conforme sabemos, essas invasões são feitas com consentimento da Prefeitura, em um vale tudo de concessões, uma tentativa do poder público de agradar às pessoas de forma isolada, mas deixando a cidade com aspecto deplorável, horroroso e no arrepio da lei, sem levar em conta o Código de Postura do Município. Será que, pelo menos, estão pagando um alvará anual?
Calçada é algo que existe para o pedestre transitar, assim como a ilha da avenida é local de arborização e também de tráfego de pedestres. No entanto, em Iporá, a finalidade destes locais passa a ser outra, fazendo da cidade um feirão ao ar livre.
Sabe-se que, conforme a lei, para se ocupar um espaço público, isto é feito mediante uma licitação em que os interessados apresentam as propostas e opta-se por quem melhor preencher os requisitos previamente estabelecidos. Só que em Iporá isto não é feito. Vale só apadrinhamento político, ser “chegado” de quem está no poder. É uma pena ver a cidade assim, como terra sem lei, uma pasárgada, tal como diria Manuel Bandeira, lugar onde se tem privilégios em função da convivência próximo a corte.
Praças em descuido (a do Trabalhador é o maior exemplo), muito lixo e uma precariedade no aspecto urbano nos inspiram a clamar pelo Ministério Público. Se a fiscalização da Prefeitura não funciona, então quem sabe a Promotoria e a Justiça poderão agir? É esperar. Quem sabe o próximo prefeito tome outro tipo de conduta?