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Viveiro ambiental em Iporá é necessidade urgente

Desde o ano de 2009 iniciamos o trabalho de conscientização ambiental na nossa cidade e região através da implantação de culturas voltadas para a preservação permanente de áreas que eram não utilizadas para essa finalidade ou nem mesmo para a criação de animais ou como reservas.

Vimos na introdução prática de espécies de árvores que gerariam mesmo que por um período de médio prazo, como a exemplo do Eucalipto o Mogno e a Teka, espécies que seriam suprimidas posteriormente, mas com o seu resultado financeiro iria propiciar a vontade do produtor em reformular novamente a plantação.

No caso especifico da nossa associação optamos pelo plantio da Seringueira que seria um plantio de longo prazo de duração, compreendido do seu plantio até o fim do seu ciclo produtivo de 50 anos. Mas fizemos isso sem nos esquecer da preservação das APP – Áreas de Proteção Ambiental, mas popularmente conhecidas como beira de córregos e encostas de serras.

Aliado a esse trabalho voltado para a preservação da ARL – Áreas de Reservas Legais, em Outubro de 2013, em uma reportagem para este jornal, propus a criação do Comitê Ambiental pela bacia do Santo Antônio, para que os órgãos e instituições competentes tomassem medidas para essa empreitada de revitalização do leito do córrego Santo Antônio de sua nascente até a captação de água pela Saneago – em caráter de urgência e com o intuito do aumento do fluxo de água, afastando assim o fantasma do racionamento de água no período não chuvoso.

A partir da Lei 12.651 de 25 de Maio de 2012 – (Criação do Código Florestal) em seu capitulo II – Seção I, há a obrigatoriedade da manutenção de uma área mínima, determinada de acordo com a extensão de cada córrego ou rio (em média os córregos são de 30 metros e os rios de 100 metros).

Apartir desse breve relato exposto em um artigo anterior e datado de julho de 2020, já se percebe a necessidade urgente da recuperação e manutenção dos nossos mananciais hídricos, e também na implantação do Projeto de introdução da Seringueira, como fator de preservação, criação de empregos e geração de renda para o pequeno produtor, deparamos com a necessidade da criação de um viveiro local, pois não se torna viável o transporte de mudas de longa distancia, como fizemos de mais de 35 mil mudas do eixo – Goianesia / Itapaci – GO.

Tive uma perda superior a 30% (Trinta Por Cento) por isso o motivo da nossa parada na implantação de novos seringais em Ipora e região. Plantadores interessados tinha muitos e ainda temos, mas esse gargalo precisa ser resolvido, com a implantação de um viveiro. Além da necessidade da Heiveicultura que é o nosso caso, a Silvicultura também necessita desse viveiro, pois o reflorestamento fica oneroso para o pequeno produtor o que ocasiona o que vemos hoje, poucos os que conseguem recuperar seja por uma imposição legal de uma fiscalização ou por vontade própria fazem a recuperação de sua APPS E ARL.

Como em 2013, defendi a criação do comitê da Bacia do Santo Antonio, ainda defendo, não só do Santo Antonio, pois não basta à preservação apenas dos Rios, Córregos mas sim de toda a cadeia das nascentes de seus afluentes.

Por varias vezes procurei auxilio na criação desse viveiro em nossa cidade, mas esbarramos na burocracia, custo elevado para a elaboração de projetos e o principal, falta de interesse político para a gestão de um projeto de Parceria Publico Privado (PPP), como varias áreas da administração pública o meio ambiente, temos também o tabu da perda de votos se fizermos um trabalho de incentivo, visando a recuperação, pois a maioria dos produtores esperam ser multados e obrigados a fazerem a preservação estabelecida em lei, mas com políticas publicas de incentivos, inicialmente através de campanha de demonstração da necessidade urgente da preservação, teríamos êxito no longo prazo e quanto mais o tempo passa, isso irá se tornar irreversível.

Não descansaremos até ver esse viveiro implantado em nossa cidade, sou um eterno defensor do meio ambiente e acredito que ainda há tempo para recuperar num médio e longo prazo o que deixamos perder a anos.

Arnon Geraldo Ferreira é presidente da Associação dos Heveicultores de Iporá e Região, presidente da ASSCCONT – GO – Associação da classe Contábil de Goiás, produtor rural – Heveicultor (Seringueira)
Empresário e consultor em Agronegócio, graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Biodiversidade e Sustentabilidade Ambiental.

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