A chapa de Vanderlan Cardoso, pré-candidato a governador de Goiás, poderá ter um iporaense. Ele é o agropecuarista e Procurador Federal no INSS Aguimar Jesuino. Vanderlan e Aguimar, filiados em PSB e Rede Sustentabilidade, respectivamente, fariam a composição de uma coligação possível para eleições deste ano. O nome do iporaense está sendo articulado para que dispute vaga pelo Senado. Com isso, seriam dois nomes de iporaenses na chapa majoritária. Vanderlan Cardoso também nasceu em Iporá, cidade que deixou quando tinha 10 anos.
Essa composição política foi assunto da imprensa da capital nesta segunda-feira, 7. O site Brasil247/Goiás abordou o assunto, do qual transcrevemos o texto a seguir:
247 – A Rede Sustentabilidade/PSB em Goiás apresenta nesta segunda-feira (7) a pré-candidatura ao Senado do procurador federal Aguimar Jesuíno da Silva. Porta-voz do agrupamento no Estado, função que na estrutura da Rede se assemelha à de presidente de diretório, Aguimar Jesuíno reúne militantes e simpatizantes em debate no Auditório Carlos Eurico da Câmara Municipal de Goiânia a partir das 16 horas. O evento contará com as presenças do pré-candidato do PSB ao governo do Estado, Vanderlan Cardoso, e presidentes dos partidos coligados, PSC e PRP.
A presença de Vanderlan no evento sela (até a próxima divergência) a paz entre o presidente regional do PSB e a Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva. Os grupos bateram de frente violentamente em relação ao possível ingresso do líder do DEM Ronaldo Caiado na aliança. O ruralista foi peremptoriamente vetado por Marina, que obteve apoio do presidenciável Eduardo Campos. A pré-candidatura de Aguimar deve ser confirmada na convenção da Rede/PSB, ainda sem data definida.
Aguimar Jesuíno da Silva é natural de Iporá (GO), completará 54 anos no próximo dia 13 de abril, é casado e tem três filhos. Iniciou a militância política em 1979, com seu ingresso no curso de Direito da Universidade Federal de Goiàs (UFG) – instituição pela qual se graduou – e passagem pela presidência do Centro Acadêmico XI de Maio (Caxim). É especialista em Direito Agrário e Direito Civil e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
É procurador federal desde 1992. No momento atua no Núcleo de AçõesPrioritárias da Procuradoria Federal no Estado de Goiás, órgão vinculado à Advocacia Geral da União (AGU), com a atribuição de propor ações de improbidade administrativa e ações regressivas. Durante a carreira do serviço público federal ocupou as funções de gerente substituto do INSS (2001/2002) e procurador-chefe da Procuradoria do INSS (2001/2002).
Atuante na militância classista, foi conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Goiás (OAB-GO) entre os anos de 1995 e 1997, período em que exerceu o cargo de secretário-geral da ordem. Entre os anos de 1991 e 1993, assumiu as funções de vice-presidente e diretor Jurídico do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT). Também prestou serviços de assessoria jurídica no SindiGoiânia, no SindPúblico e no Stiueg.
Bandeiras
Dentre as bandeiras da Rede Sustentabilidade, Aguimar Jesuíno dá especial atenção às reformas Política e Tributária. Advoga a necessidade da instituição das candidaturas avulsas em contraposição à ditadura dos partidos, cujas decisões são impostas pelas cúpulas. O porta-voz da Rede Sustentabilidade em Goiás defende que seja promovida uma reforma tributária e que seja firmado um novo Pacto Federativo, que desonere o empreendedor e o contribuinte da escorchante carga tributária nacional, de 38%, e que se promova a transferência de recursos hoje nas mãos da União para estados e municípios.
Pecuarista em Iporá, é crítico do novo Código Florestal, que reduziu as áreas de preservação permanentes (APPs), que margeiam os cursos d’agua. Para Aguimar, urge que o Estado lidere um movimento para a urgente recomposição de matas ciliares e a preservação das APPs, com a implantação de viveiros e bancos de mudas nativas, em parcerias com ONGs e universidades, bem como a realização de mutirões ambientais. Julga necessário uma ampla mobilização social em prol de uma agricultura e pecuária sustentáveis, que produza e respeite o meio ambiente, pressionando o governo a conceder incentivos financeiros e tributários aos proprietários rurais que se comprometam a preservar os recursos hídricos, a vegetação nativa e os recursos naturais. “O proprietário rural não pode pagar a conta sozinho, até mesmo porque a maior emissão de CO² vem das indústrias e do uso de combustíveis fósseis”, defende.
Para Aguimar, o governo federal se encantou com o pré-sal e estimulou o uso de combustíveis fósseis, em detrimento de investimentos em geração de energia limpa e renovável. “O Brasil é o País com maior índice de insolação do planeta e não promove investimentos em pesquisa e implantação de usinas de energia solar. EUA, Alemanha e China estão investindo pesadamente nesta importante fonte de geração de energia limpa e renovável e o Brasil apenas assiste, incentivando o uso de automóvel movido a energia fóssil.”